HISTÓRICO DAS LINHAS:
LINHA-TRONCO DA RMV/E.F.O.M. - A linha-tronco
da RMV foi construída originalmente pela E. F. Oeste de Minas a
partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde a linha de bitola de
0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou seu projeto de
ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por Barra Mansa
por bitola métrica: construída em trechos, somente em 1928 a EFOM
chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos anos 1940
a Goiandira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede Mineira
de Viação. A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa e
Ribeirão Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos
1980. Nos anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e
Goiandira foi erradicado devido à construção de uma represa no rio
Paranaíba, e a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari.
Hoje (2003) a linha, já não mais eletrificada, é operada pela concessionária
FCA.
LINHA BELO HORIZONTE-GARÇAS: A linha Belo Horizonte-Garças
de Minas foi aberta entre 1911 e 1916 pela E. F. Oeste de Minas,
ligando a capital a Garças, na época parte da E. F. Goiaz e situada
na zona de mineração mineira, próxima a Goiás. Somente em 1920 foi
construída a estação prórpia da EFOM na capital. A linha funciona
até hoje para cargueiros, tendo sido na década de 1970 o seu início
na capital fundido com a Linha do Paraopeba, da Central do Brasil.
O seu trecho na região metropolitana de Belo Horizonte recebeu trens
de subúrbio por muitos anos, e a partir dos anos 1990 passou a ter
a linha do metrô acompanhando de perto a sua linha, que ficou somente
para movimento dos trens cargueiros.
RAMAL DO PARAOPEBA (EFOM/RMV): A Estrada de Ferro Oeste de Minas
(EFOM) foi aberta em 1880, ligando com bitola de 0,76 cm as estações
de Sitio (Antonio Carlos) e Tiradentes. Mais tarde foi prolongada
até São João Del Rey (1881), atingindo Aureliano Mourão em 1887,
onded havia uma bifurcação, com uma linha chegando a Lavras em 1888
e a principal seguindo para o norte atingindo finalmente Barra do
Paraopeba em 1894. Dela saíam diversos e pequenos ramais. A linha
foi extinta em pedaços, tendo sido o primeiro em 1960 (Pompeu-Barra)
e o último, em 1984 (Antonio Carlos-Aureliano), com exceção do trecho
S.J. Del Rey-Tiradentes que e conserva em atividade até hoje. Também
se conserva o trecho Aureliano-Divinópolis, ampliado para bitola
métrica em 1960, ligando hoje Lavras a Belo Horizonte.
RAMAL DE PARACATU: A E. F. Paracatu partia originalmente da estação
de Velho da Taipa, na bitola estreita (0,76 cm) da EFOM. Em 1927
chegou a Melo Viana e no sentido oposto já atingia Água Suja e Pará
de Minas, juntando-se com a linha da EFOM de bitola métrica que
ligava Belo Horizonte a Garças, na hoje estação de Azurita. Em 1931,
a estrada foi incorporada à EFOM para formar a RMV - Rede Mineira
de Viação e passou a se chamar ramal de Paracatu. Atingiu em 1937
Barra do Funchal, mas jamais chegou à cidade que lhe deu o nome,
Paracatu. Em 1968, foi erradicado o trecho Bom Despacho-Barra do
Funchal, e, em 1994, o restante do ramal.
RAMAL DE ÁGUAS SANTAS: O Ramal de Águas Santas foi aberto
em 1910 - ou 1911, dependendo da fonte. Ligava a estação de Chagas
Dória, aparentemente aberta especialmente para esse entroncamento,
à localidade de Águas Santas, passando todo ele dentro do município
de Tiradentes. Até 1966, quando foi fechado, funcionava como um
trem de subúrbio, em bitola de 76 cm, como o restante da linha da
EFOM naquela região. Tinha apenas uma estação (César de Pina) e
várias pequenas paradas numa extensão de pouco mais de 11 quilômetros,
incluindo dois quilômetros da linha principal, pois o trem saía
de São João Del Rey.
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