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E. F. Oeste de Minas
(1911-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
ITAÚNA
Município de Itaúna, MG |
Linha Belo Horizonte-Garças
- km 800,259 (1960) |
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MG-0382 |
Altitude: 809 m |
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Inauguração: 01.07.1911 |
Uso atual: museu (2015) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1917 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Belo Horizonte-Garças de Minas foi aberta entre 1911 e 1916
pela E. F. Oeste de Minas, ligando a capital a Garças, na época parte
da E. F. Goiaz e situada na zona de mineração mineira, próxima a Goiás.
Somente em 1920 foi construída a estação prórpia da EFOM na capital.
A linha funciona até hoje para cargueiros, tendo sido na década de
1970 o seu início na capital fundido com a Linha do Paraopeba, da
Central do Brasil. O seu trecho na região metropolitana de Belo Horizonte
recebeu trens de subúrbio por muitos anos, e a partir dos anos 1990
passou a ter a linha do metrô acompanhando de perto a sua linha, que
ficou somente para movimento dos trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Itaúna foi inaugurada em 1911. "Através dos
esforços do Dr. Augusto Gonçalves que Itaúna passou a ser servida
por uma estrada de ferro. Quando o governador Hermes da Fonseca resolveu
cumprir os projetos do seu antecessor, ligando Belo Horizonte a Oeste
de Minas, os municípios de Pará e Itapecerica se esforçaram por atrair
o ponto de junção das linhas e, conseguindo, privaram Itaúna desse
grande melhoramento. Dr. Augusto foi incansável no evitar esta solução,
conseguindo modificar os projetos em deliberação.
Um dos traçados desse ramal, segundo estudos dos engenheiros José
Francisco Cantarino e Guilherme Greenalgh (1904-1908) e que foi aceito,
por instancias do Dr. Augusto, por um decreto do governo federal para
base dos estudos definitivos, passaria nas seguintes localidades:
Choro (perto da antiga estação de Alberto Isaacson) Salgado, Santanense,
Itaúna, Soledade, Mateus Leme, Capela Nova e Belo Horizonte. Por este
traçado a estrada percorreria o município de Pará desde o Rio Paraopeba
até a fazenda do Azambuja, e de Água Limpa até o Choro, em extensão
de 50 klms; enquanto percorreria o município de Itaúna na distancia
de 42 klms.
De Belo Horizonte ao Choro, passando por Itaúna a distancia pelo traçado
Cantarino–Greenalgh seria de 134 klms. Havia outro traçado estudado
(porém não adotado) de autoria dos engenheiros Eduardo Porto, José
Góes Artigas e José Duarte Pinto, de Belo Horizonte ao Choro, mas
passando pela cidade do Pará com 156 klms. e 155 ms. (ou mais de 21.655
ms. do que o primeiro traçado. (28) – “Annuário de Minas” – 1909 –
N.Senna, pág. 544. O serviço de construção do ramal iniciou-se em
4 de abril de 1909, sendo seu empreiteiro o engenheiro Emílio Schnoor.
A chegada do primeiro trem em Itaúna aconteceu em 10 de março de 1910,
constituindo esse fato um grande acontecimento para a Vila e o município,
pois estávamos ligados a Belo Horizonte e Divinópolis , duas chaves
importantíssimas do sistema ferroviário do Estado e do Brasil. Foi
um dia de grande festa e contentamento público, em que os nomes do
Dr. Augusto Gonçalves, Cel. Antonio de Mattos, Cel. Josias Nogueira
Machado e o major Senocrit Nogueira foram vitoriados calorosamente
pelo povo agradecido. A locomotiva que arrastava o comboio de pranchas
tinha o nº 14 e era guiada pelo maquinista Antonio Rodrigues.
A construção do edifício da estação só se deu mais tarde. Mesmo depois
da carreira regular de trens de passageiros e de cargas, a agencia
continuou instalada em um barracão de madeira e zinco no mesmo lugar
em que se construiu o novo prédio (1911), assim como a residência
do agente e do guarda-chaves. Tal foi o desenvolvimento do município
com o evento da estrada de ferro que em 1916 foi a Oeste de Minas
obrigada a duplicar o edifício da estação, numa obra que representava
a construção de novo edifício.
E em 4 de março de 1917, na administração Agostinho Porto, inaugurou-se
o novo prédio com grandes festas, notando-se a presença de toda a
administração e pessoas gradas de Belo Horizonte e municípios vizinhos.
Foi o Sr. Francisco Botelho o primeiro agente da Estação de Itaúna.
No mesmo ano em que a Oeste de Minas ampliou a sua estação, cuidava
de criar a sede da 3ª residência da linha, que seria em Cajuru se
não fossem os esforços do Dr. Augusto e Senocrit Nogueira, para o
conseguirem da Câmara Municipal a doação do necessário terreno, desapropriado
da Sra. Maria Dias.
E foi, assim, instalado mais esse departamento da Oeste de Minas em
Itaúna, sendo de justiça fixar o nome do primeiro engenheiro residente,
Dr. Abrahão Leite, que muito fez para a escolha desta cidade para
a sede da 3ª Residência" (Texto transcrito do site www.santanafm.com.br).
O prédio da estação foi tombado pelo Decreto
Municipal nº 4920 em 2007.
A estação, desativada em 1986, em 2015 era um museu,
desde 1992: o Museu Municipal Francisco Manoel Franco, da Prefeitura
Municipal de Itaúna.
ACIMA: Mapa de parte do município de
Itaúna no final dos anos 1950 mostrando o local das estações
em volta da de Itaúna (IBGE: Enciclopédia dos Municipios
Brasileiros, 1960).
ACIMA: Acidente em curva próxima à
estação de Itaúna com um trem de passageiros
da Rede Mineira e pelo menos oito mortos (Folha de S. Paulo, 21/1/1964).
ABAIXO: Pátio da estação em Itaúna,
início dos anos 1960 (Angela Penido/Facebook).
ACIMA: A linha ainda em uso passa dentro da cidade;
a estação está ao fundo (Foto Hugo Caramuru em
25/7/2015).
(Fontes: Hugo Caramuru; Gutierrez Lhamas Coelho;
Angela Penido; Carlos Cornejo; Jonathan Sobral; Alexandre Almeida;
www.santanafm.com.br; Roberto Capri: Minas Gerais, 1918; IBGE: Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, 1957; Guia Geral das Estradas de
Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação em 1917, "caprichosamente reformada
pelo Dr. Abrahão Leite, Engenheiro da E. F. Oeste de
Minas". Foto do livro Minas Gerais, de Roberto Capri
(1918), acervo Carlos Cornejo |
A estação, c. 1956, tendo ao lado uma locomotiva
elétrica Metropolitan-Wickers. Foto Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. XXV, IBGE, 1959, p. 297 |
A estação, sem data - talvez anos 1980. Foto Antonio
Gomes |
A estação em 2003. Foto Gutierrez Lhamas Coelho |
A estação em 2005. Foto Jonathan Sobral |
A estação em 2005. Foto Jonathan Sobral |
A estação, lado da plataforma em 04/2009. Foto
Alexandre Almeida |
A velha estação, agora com cerda na plataforma,
em 25/7/2015. Foto Hugo Caramuru |
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Atualização:
16.11.2022
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