HISTÓRICO DAS LINHAS:
LINHA DE MANHUAÇU: A linha que ligava a estação de Recreio
a Santa Luzia (Carangola) teve a sua concessão e construção a cargo
da Companhia Alto Muriaé, estabelecida em 1880. Em 2/5/1883, a empresa
foi incorporada pela E. F. Leopoldina. Uma alteração de traçado
da linha original para Muriaé levou a Leopoldina a passar por uma
pequena extensão dentro de território fluminense, onde estava Santo
Antonio (Porciúncula), retornando para Minas, seguindo para Carangola,
onde chegou em 1887. De 1911 a 1915, a Leopoldina prosseguiu a linha
até Manhuaçu, seu ponto final. O trecho Manhuaçu-Carangola
foi fechado em 23/07/1975. Porciúncula-Carangola foi fechado em
1977, e em 1979, fechou-se a linha entre Cisneiros e Porciúncula.
O pequeno trecho Recreio-Cisneiros nunca foi oficialmente suprimido.
mapa do ramal
em 1961
LINHA DE CARANGOLA: A Companhia Estrada de Ferro do Carangola foi
constituída em 20 de março de 1875. Tinha a concessão para diversas
linhas nas Províncias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Entre
essas, o que viria a ser mais tarde a linha de Carangola, incorporado
pela Cia. Leopoldina em 1890, foi aberto entre as estações de Murundu
e de Santo Antonio do Carangola (Porciúncula) entre os anos de 1878
e 1886. A Linha de Carangola foi extinta pela Refesa em 31/12/1973
no trecho entre Porciúncula e Itaperuna, e em 1/11/1977 no trecho
restante. mapa
do ramal em 1961
RAMAL DE PARAOQUENA: O ramal de Paraoquena foi aberto entre os anos
de 1883 e 1891. Era na verdade uma ligação entre a linha de Manhuaçu,
em Cisneiros, e a linha de Campos e Miracema, em Paraoquena. Nestas
duas últimas linhas, os trens de passageiros circulavam independentemente,
e para se fazer a curta distância entre as duas linhas (uma hora
de trem), havia que se baldear nas duas estações. Somente no final
dos anos 60 é que se pôde tomar trens diretos de Recreio para Campos,
eliminando-se as duas baldeações. Este pequeno trecho, antigo ramal,
nunca foi suprimido, tendo pouquíssimo movimento de cargueiros,
mas ajudando a ligar a região de Cataguazes, em Minas Gerais, a
Campos, no Estado do Rio. mapa
do ramal em 1961
RAMAL DE MURIAÉ: O ramal de Muriaé foi entregue entre os
anos de 1885 e 1886, com apenas duas estações, para ligar a linha
de Manhuaçu à cidade de São Paulo de Muriaé (Muriaé), conforme planos
originais da E. F. Alto do Muriaé, comprada pouco antes pela Leopoldina.
O ramal foi extinto em 31/05/1966. mapa
do ramal em 1961
RAMAL DO POÇO FUNDO: O ramal do Poço Fundo foi aberto
em 1908 para facilitar a ligação da estação
de Patrocínio do Muriaé, na linha de Manhuaçu,
em Minas, e de Poço Fundo (Cândido Froes), na linha
de Carangola, no Estado do Rio. Foi fechado pela Refesa em 11/04/1974.
mapa do
ramal em 1961
RAMAL SUL DO ESPÍRITO SANTO: O Ramal Sul do Espírito Santo,
assim denominado pela Leopoldina teve sua origem na E. F. Sul do
Espírito Santo, que tinha uma linha construída na região de Vitória
e pertencia ao Governo do Estado do Espírito Santo, e na E. F. Caravelas,
ambas adquiridas pela Leopoldina em 1908. A Caravelas partia de
Vitória para Castelo, de um lado, e para Rive, do outro, bifurcando
na estação de Matosinhos (Coutinho). Estes trechos estavam prontos
desde 1887. Para chegar a Minas Gerais, na linha do Manhuaçu, como
rezava o contrato, a Leopoldina levou cinco anos, abrindo o trecho
Rive-Alegre em 1912 e até Espera Feliz, ponto final, em 1913. No
final dos anos 60, o trecho Cachoeiro-Guaçuí foi suspenso para passageiros
e finalmente erradicado em 26/10/1972. O outro trecho, Espera Feliz-Guaçuí,
transportou passageiros até a sua erradicação, em 05/11/1971. mapa
do ramal em 1961
RAMAL DE CASTELO: Esse trecho fazia parte da E. F. Caravelas, que
deveria constituir toda a linha entre Castelo e Marataizes, no litoral,
passando por Cachoeiro do Itapemirim. O trecho entre esta última
e Castelo foi aberto em 1887, e parte dele (a partir de Coutinho)
foi transformado no ramal de Castelo. O restante até Marataízes
foi aberto apenas anos mais tarde. O ramal foi erradicado em 6/12/1963,
tanto para caragas quanto para passageiros. mapa
do ramal em 1961
|