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E. F. Leopoldina
(1887-1975)
RFFSA (1975-1977) |
FARIA
LEMOS
Município de Faria Lemos, MG |
Linha de Manhuaçu - km 439,840
(1960) |
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MG-1737 |
Altitude: 329 m |
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Inauguração: 06.06.1887 |
Uso atual: Secretaria de Turismo so município (2019) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A linha que
ligava a estação de Recreio a Santa Luzia (Carangola) teve a sua concessão
e construção a cargo da Companhia Alto Muriaé, estabelecida em 1880.
Em 2/5/1883, a empresa foi incorporada pela E. F. Leopoldina. Uma
alteração de traçado da linha original para Muriaé levou a Leopoldina
a passar por uma pequena extensão dentro de território fluminense,
onde estava Santo Antonio (Porciúncula), retornando para Minas, seguindo
para Carangola, onde chegou em 1887. De 1911 a 1915, a Leopoldina
prosseguiu a linha até Manhuaçu, seu ponto final. O trecho Manhuaçu-Carangola
foi fechado em 23/07/1975. Porciúncula-Carangola foi fechado em 1977,
e em 1979, fechou-se a linha entre Cisneiros e Porciúncula. O pequeno
trecho Recreio-Cisneiros nunca foi oficialmente suprimido. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Faria Lemos foi inaugurada em 1887. O nome teria sido dado
em homenagem ao engenheiro que construiu a estação.
Porém, parece que a história do nome pode não ser
bem essa: Marco Aurelio Bello, em e-mail de 19/12/2008, cita
que o Desembargador Francisco de Faria Lemos, Presidente da
Província de Minas Gerais, João Coelho Bastos,
chefe de polícia, ou chefe da casa civil, se assim pudermos
dizer nos dias de hoje, do Governo Imperial no Rio de Janeiro,
nos idos de 1886, Antonio Paulo de Mello Barreto, na
época Presidente da E. F. Leopoldina e Antonio Prado,
então Ministro do Império, eram todos amigos entre si
e todos eles estiveram na época visitando a construção
da linha do Manhuaçu nesse ponto.
O nome original do
povoado era São Mateus e já existia desde os
primeiros anos do século XIX.
"(...) as coordenadas do ponto
singular, o encontro dos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Espírito Santo (sic) ocorre na confluência dos córregos Negro
e São João, formadores do rio Itabapoana, extremo norte do Estado
do Rio (...) no sítio denominado fazenda dos Três Estados.
Tomamos o expresso da Leopoldina, pela manhã, e ao anoitecer desembarcamos
em Faria Lemos, simpática vila próxima a Carangola, de onde devíamos
seguir a cavalo para o nosso destino. Chegamos com chuva e tempo nada
prometedor. Ficamos uns três dias nos amofinando no Hotel Central,
na praça, fundos da estação. Três casas adiante, situava-se a farmácia
Faria Lemos, casa baixa, limpa. Atingia-se a parte residencial por
um corredor escassamente iluminado. Entramos. A sala mobiliada confortavelmente
com peças de jacarandá. Jarras de porcelana e, junto ao sofá, o jogo
de xadrez sobre amplo tabuleiro" (Luiz Serafim Derenzi, descrevendo
a vila nos anos 1920; http://gazetaonline.globo.com/ estacaocapixaba).
Em 1976, os trens de passageiros que saíam de Recreio todos os dias às 6 da manhã, chegavam a Faria Lemos às 11:56.
Em 17/11/1977, foi suprimido pela RFFSA o trecho entre Porciúncula
e Carangola, fechando de vez a estação. Os trens
de passageiros pararam também
nessa data.
A estação em 2019 servia como sede da Secretaria de Turismo so município.
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1891
AO LADO: Briga e confusão na estação (O Estado de S. Paulo, 17/6/1891). |
ACIMA: Mapa
dos anos 1950 mostra a linha passando pelo município de Faria
Lemos (mapa parcial) (IBGE: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, vol. VII, 1960).
ACIMA: A tristeza de ver o trem com os vagões-pranchas
que retirariam os dormentes e os trilhos da linha e do pátio
da estação de Faria Lemos, depois de já ter feito
isso com o desvio entre a estação e a calçada
à direita. Final de uma era e perda, para a cidade, de um transporte
o qual ela jamais terá outra vez. Qual será data da
foto? Provavelmente, finalzinho de 1977 (Cessão Diego Gonçalves
da Silva).
ACIMA: A estação e a cidade em vista aérea (Sem data - Secretaria de Turismo de Faria Lemos).
ACIMA: A estação e o patio ferroviario (Sem data - acervo Amarildo Mayrink).
(Fontes: Amarildo Mayrink; Marcos Farias; Diego Gonçalves da Silva; Marco Aurélio Bello;
Ronald Colombini; Luiz Serafim Derenzi: Caminhos Percorridos;
Revista Ferroviária, 2000; IBGE: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1960; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Guias Levi, 1932-80) |
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Em 1956, a linha na rua da cidade, e à esquerda, abertura
das linhas do pátio. A estação deve estar
à esquerda, fora da foto. Foto Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, vol. XXV, IBGE, 1957, p. 126 |
A estação de Faria Lemos, provavelmente anos 1960.
Cessão Diego Gonçalves da Silva |
A estação de Faria Lemos, provavelmente anos 1970,
já com a locomotiva diesel percorrendo suas linhas. Cessão
Diego Gonçalves da Silva |
A estação desativada, em 2001. Autor desconhecido |
A estação em abril de 2006. Foto Marcos T. Farias |
A estação em abril de 2006. Foto Marcos T. Farias |
A estação em 03/2019. Foto Amarildo Mayrink |
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Atualização:
12.11.2022
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