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Cia. Lloyd Brasileiro
(1887-1898)
Espirito Santo and Caravellas Ry. Co. Lmtd. (1898-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1972) |
RIVE
(antigas POMBAL e ALEGRE)
Município de Alegre, ES |
Ramal Sul do Espírito Santo - km
528,030 (1960) |
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ES-1715 |
Altitude: |
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Inauguração: 16.09.1887 |
Uso atual: demolida em 1990 |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: O Ramal Sul
do Espírito Santo, assim denominado pela Leopoldina teve sua origem
na E. F. Sul do Espírito Santo, que tinha uma linha construída na
região de Vitória e pertencia ao Governo do Estado do Espírito Santo,
e na E. F. Caravelas, ambas adquiridas pela Leopoldina em 1908. A
Caravelas partia de Vitória para Castelo, de um lado, e para Rive,
do outro, bifurcando na estação de Matosinhos (Coutinho). Estes trechos
estavam prontos desde 1887. Para chegar a Minas Gerais, na linha do
Manhuaçu, como rezava o contrato, a Leopoldina levou cinco anos, abrindo
o trecho Rive-Alegre em 1912 e até Espera Feliz, ponto final, em 1913.
No final dos anos 60, o trecho Cachoeiro-Guaçuí foi suspenso para
passageiros e finalmente erradicado em 26/10/1972. O outro trecho,
Espera Feliz-Guaçuí, transportou passageiros até a sua erradicação,
em 05/11/1971. Sobram ainda trilhos desde Cachoeiro até próximo
à estação de Coutinho, para transportar mármore
e granito das diversas serrarias dessas pedras que existem na região. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Pombal era o ponto final da linha original em 1887, na sua
inauguração pela Cia. Lloyd Brasileiro. Mais tarde -
possivelmente quando foi aberta a nova estação em 1910
pela Leopoldina - o seu nome foi alterado para homenagear um engenheiro
inglês que morreu em Matilde, na construção
da linha, de nome Reeve, logo aportuguesado para Rive.
"No dia seguinte (16 de setembro de 1887), às dez da manhã,
o trem inaugural, apinhado de gente, partia
da estação do Cachoeiro e fazia o percurso, até Matosinhos,
em uma hora e cinco minutos. Retardando a parada por vinte
minutos, para dar tempo aos discursos e vivas, partiu, rumo
à estação do Alegre. Explicando melhor, a vila do Alegre se distanciava légua e meia do ponto terminal da
linha férrea, sito em terras do fazendeiro Vicente Ferreira
de Paiva, banhadas pelo córrego Pombal, nome que tomou a estação,
mais tarde mudado para Reeve [Rive]. Ali, o velho e rico fazendeiro,
seu filho, genro e outros parentes ofereceram um lanche à comitiva"
(Levy Rocha, Crônicas de Cachoeiro).
Outra dúvida
é sobre o nome da estação: realmente, era inicialmente Pombal; porém,
um anúncio de 1888 (ver estação de Vala
do Souza) da empresa Lloyd, publicado em revista da época,
mostra a estação com o nome de Alegre.
Trens de
passageiros circularam por Rive até o final dos anos
1960.
A estação foi infelizmente demolida em 1990,
segundo Joseni
Gouvêa, de Vitória, ES.
O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil
de 1960 cita a inauguração da estação
de Rive em 28/04/1910. Porém, Pombal
já existia nessa época e era a ponta de linha
do ramal. A compra e prolongamento do ramal, feita pela Leopoldina
em 1907, levou a estrada até Espera Feliz nos
anos seguintes. Para isso, muito provavelmente foi construída
uma nova estação ali, com condições
melhores para a continuação dos trilhos. Essa
nova estação, já com arquitetura típica
da Leopoldina, é que foi inaugurada em 1910. O nome
do Engenheiro Reeve veio para homenagear o inglês
morto numa emboscada em Matilde. O nome anterior, Alegre,
já que era essa a estação mais próxima
da sede do município, foi transferido para a estação
que estava sendo construída lá no alto, ao lado
do rio Alegre.
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ACIMA: Entre as estações de Rive e
de Alegre, a velha cisterna ao lado da casa de bombas que alimentava
uma caixa d'água ainda estava por lá em 20/10/2007.
O símbolo da extinta RFFSA também (Foto Cheyenne Figueiredo
Cotta).
ACIMA e ABAIXO: Algumas casas do pequeno distrito de Rive, em volta de onde
um dia foi a estação, da qual não restam nem
traços, a não ser um terreno vazio, não tiveram
o mesmo destino: as mais belas foram fotografadas para mostrar que,
um dia, o Brasil foi muito mais bonito, mesmo nos esquecidos rincões
de nossa terra (Fotos Ralph Mennucci Giesbrecht em 18 de outubro de
2008).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Marcos
Farias; Joseni Gouvêa; Cheyenne Figueiredo Cotta; Revista da
Semana, 1906; Levy Rocha: Crônicas de Cachoeiro; Guia Geral
das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação de Rive, em 1986. Acervo Marcos A. Farias |
A estação de Rive, em 1986. Foi demolida em 1990.
Acervo Marcos A. Farias |
Local onde ficava a estação em Rive, em 11/2005.
Foto Marcos A. Farias |
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Atualização:
15.05.2022
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