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Rede Ferroviária
do Nordeste (1958-1975)
RFFSA (1975-1997) |
POCINHOS
Município de Pocinhos, PB |
Ramal de Campina Grande - km 263 (1960) |
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PB-3572 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1958 |
Uso atual: em ruínas (2018) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1958 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Campina Grande teve seu primeiro trecho entregue em 2 de outubro de
1907, entre a estação de Itabaiana, na linha da Great
Western que ligava Recife a Natal, e a cidade paraibana de Campina
Grande. Do outro lado do Estado da Paraíba, entre 1923 e 1926,
a Rede de Viação Cearense alcançava a cidade
de Souza, partindo de sua linha-tronco que ligava Fortaleza a Crato,
no Ceará, a partir da estação de Arrojado. De
Souza, a RVC avançou até Pombal (1932) e depois a Patos
(1944). O trecho de 164 km entre Patos e Campina Grande somente seria
entregue ao tráfego em 1958, e era justamente esta a linha
que ligava o Nordeste Ocidental ao Oriental, ou seja, o Ceará
ao resto do Brasil. Até o final dos anos 1990, este ramal era um dos mais movimentados,
em termos de cargueiros, do Nordeste, ligando Recife a Fortaleza e
dali a São Luiz do Maranhão. O tráfego de passageiros havia sido desativado já np final dos anos 1970. Em 2021 a linha toda já estava abandonada. |
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A ESTAÇÃO: Por muitos anos,
desde os anos 1920, a cidade de Pocinhos esteve destinada a
ser passagem da linha que ligaria a Paraíba ao Ceará
(E. F. Ceará-Paraíba).
Em 1922, havia intensas obras
da ferrovia na região, abandonadas logo em seguida. Quem cuidava
na época de boa parte das ferrovias do Nordeste, inclusive
dali, era o IFOCS (Instituto Federal de Obras contra as Secas) e a
ferrovia ali estava sendo contruída não somente como
ligação dos dois Estados como também para facilitar
a construção dos diversos açudes no Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte que também estavam sendo construídos na época.
Com
o abandono do projeto todo por Artur Bernardes, Presidente
da República empossado em novembro de 1922, alegando falta
de dinheiro, a ligação também parou, sendo retomada
somente nos anos 1950, porém, agora não ligando Alagoa
Grande a Pocinhos, como seria em 1922, mas sim Campina
Grande a Pocinhos, e dali a Patos, onde a ferrovia
já estava desde os anos 1920.
A estação de Pocinhos foi inaugurada em 1958 (ou em 1954, quatro anos antes da linha
funcionar oficialmente, segundo Jonatas Rodrigues) pela RFN, na
ligação ferroviária Patos-Campina Grande.
Por muito tempo a estação serviu de parada para passageiros no ramal
de Campina Grande. Também era por ela que se exportava
o maior produto da região, o sisal, para o porto de Cabedelo,
proporcionando inúmeros benefícios para
a cidade de Pocinhos.
Infelizmente, depois da privatização da
RFFSA em 1997, o produto não pôde ser mais exportado através
da estação.
A estação é semelhante estruturalmente com as estações
de Puxinanã, Soledade e Juazeirinho. Foi desativada na década de 1990, pela
RFFSA.
A estação
serviu de cenário no final do filme "Cinema, Aspirinas
e Urubus", de 2005, ambientado, entre outros locais, em Pocinhos.
Com três erros históricos graves: em 1942, nem a estação
existia, nem havia linha ali, nem o trem poderia ir dali a Fortaleza (como aparecia no filme), nem a Great Western tinha locomotivas diesel
(nessa época de 1942, apenas a VFFLB, na Bahia, as possuía
no Brasil). Além do mais, a pintura não condizia com nenhuma
pintura da GWBR, tendo sido esta uma pintura moderna.
O prédio servia como moradia em 2009. A vila ferroviária
também estava de pé. Já o armazém
estava em ruínas, já sem o teto.
Em 2018, estavam ambos os prédios em ruínas.
ACIMA: Obras da E. F. Ceará-Paraíba,
próximas a Pocinhos, em 1922. Tudo foi abandonado poucos meses
depois, com a posse do Presidente da República, Arthur Bernardes,
em novembro desse ano (Revista Illustração Brasileira,
setembro de 1922).
ACIMA: Em cena do filme "Cinema, Aspirinas
e Urubus", de 2005, aparece a estação de Pocinhos,
supostamente tendo se passado em 1942, e a chegada de uma RSA da Great
Western. Erro histórico enorme. Em primeiro lugar, a estação
somente foi inaugurada em 1958. Em segundo lugar, em 1942 a Great
Western não tinha locomotiva diesel alguma. Na verdade, a estação
tendo sido aberta em 1958, a Great Western jamais passou com seus
trens por ali, somente o fez a RFN. Por fim, no filme, o trem se dirigia
a Fortaleza, que, na época, não tinha qualquer ligação
ferroviária com Pocinhos. Enfim... (Fotograma do filme citado,
cessão: Carlos R. Almeida).
ACIMA: (esquerda) Casa do agente da estação.
(direita) Armazém da estação em ruínas
(Fotos Jonatas Rodrigues, 30/9/2009).
ACIMA: Cidade de Pocinhos em 2014. A estação está no canto superior esquerdo
(Foto Eduardo Araújo).
(Fontes: Jonatas Rodrigues; Eduardo Araujo; Carlos
Roberto de Almeida; filme "Cinema, Aspirinas e Urubus",
2005; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Desenho da estação de Pocinhos na época
de sua abertura. Autor: Jonatas Rodrigues |
Estação de Pocinhos, em 2005, em fotograma do
filme Cinema, Aspirinas e Urubus, cessão: Carlos R. Almeida
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Estação de Pocinhos, em 2005, em fotograma do
filme Cinema, Aspirinas e Urubus, cessão: Carlos R. Almeida
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A estação em 30/9/2009. Foto Jonatas Rodrigues |
A estação em 30/9/2009. Foto Jonatas Rodrigues |
A estação em 30/9/2009. Foto Jonatas Rodrigues |
A estação em 28/11/2018. Foto Jonatas Rodrigues |
A estação em 28/11/2018. Foto Jonatas Rodrigues |
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Atualização:
01.09.2021
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