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Rede Ferroviária
do Nordeste (1958-1975)
RFFSA (1975-1997) |
ESPINHARAS
Município de Passagem, PB |
Ramal de Campina Grande - km 356 (1960) |
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PB-3620 |
Altitude: - |
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Inauguração: 1958 |
Uso atual: demolida (2021) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1957 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Campina Grande teve seu primeiro trecho entregue em 2 de outubro de
1907, entre a estação de Itabaiana, na linha da Great
Western que ligava Recife a Natal, e a cidade paraibana de Campina
Grande. Do outro lado do Estado da Paraíba, entre 1923 e 1926,
a Rede de Viação Cearense alcançava a cidade
de Souza, partindo de sua linha-tronco que ligava Fortaleza a Crato,
no Ceará, a partir da estação de Arrojado. De
Souza, a RVC avançou até Pombal (1932) e depois a Patos
(1944). O trecho de 164 km entre Patos e Campina Grande somente seria
entregue ao tráfego em 1958, e era justamente esta a linha
que ligava o Nordeste Ocidental ao Oriental, ou seja, o Ceará
ao resto do Brasil. Até o final dos anos 1990, este ramal era um dos mais movimentados,
em termos de cargueiros, do Nordeste, ligando Recife a Fortaleza e
dali a São Luiz do Maranhão. O tráfego de passageiros havia sido desativado já np final dos anos 1970. Em 2021 a linha toda já estava abandonada. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Espinharas foi inaugurada em 1958 na linha aberta nesse
ano ligando Patos a Campina Grande.
Duas empresas se
encarregaram de construir a linha. No sentido Oeste-Leste a empresa RVC concluía o ramal da Paraíba. Já no sentido Leste-Oeste,
a incumbência construtiva era da empresa Camillo Collier, parceira
da RFN, sendo a estação de Espinharas o encontro dos trilhos
em 1958. Havia diferenças entre os trechos. Antes de Espinharas
as estações eram erguidas à base de madeira, o aterro feito a carro
e as perfurações conseguidas mediante marretadas. No entanto, a partir
de Espinharas o trabalho já se constitui mecanizado. As estações
passaram a ser levantadas tendo por base a pedra, o aterro trazido
pelas caçambas e as perfurações efetivadas pelo compressor. De três
em três léguas era erguida uma estação.
A estação ficava localizada em uma zona rural cerca de 1 km do atual centro da cidade de Passagem, também ficava relativamente distante da principal estrada de rodagem que leva até a cidade.
Infelizmente, em 2021, da estação restavam apenas os escombros e a plataforma. Os moradores já trataram de colocar uma cerca pra delimitar suas "propriedades": não é possível seguir além pela linha, sentido Campina Grande, por causa das cercas de arame farpado.
ACIMA: Plataforma da antiga estação, em 2021 sendo invadida pela caatinga do sertão (Foto
Rodrigo Henrique em 25/08/2021).
(Fontes: Jonatas Rodrigues; Diário da Borborema, 1958;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R.
M. Giesbrecht) |
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Estação de Espinharas em 1957. Diário da Borborema,
1/1958 |
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Atualização:
01.09.2021
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