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E. F. Central do
Brasil (1914-1969) |
BIAS FORTES
Município de Ressaquinha (?) |
Linha do Centro - km 394,120 (1928) |
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MG-0379 |
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Inauguração: 14.11.1914 |
Uso atual: demolida? |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Bias Fortes foi inaugurada em 1914. Chrispim Jacques
Bias Fortes foi Presidente (Governador) do Estado de Minas Gerais.
Max Vasconcellos cita em seu livro de 1928, duas estações:
a "antiga", de 1914, e a "nova", que seria a que
estava em atividade e ficava exatamente 242 metros antes da original,
sem dar detalhes. A quilometragem no topo da página se refere
à estação que estava ativa em 1928, ou seja,
a "nova". A estação não fica no município
com o mesmo nome, criado em 1938. Até esta data, a sede que
se tornou a do município tinha o nome de União.
Em 1950 é inaugurada a variante entre as estações de Barbacena
e Carandaí, via Simão Tamm, já que o traçado original
via Ressaquinha era muito sinuoso e de rampas fortes. A estação
foi desativada pois ficou fora da linha, e os trilhos foram retirados
na segunda metade dos anos 1960. Em 1968 o trem já não
passava
por ali, depois de, inicialmente,
ter sido dada aos passageiros as duas opções:
pela linha velha e pela variante, como se podia fazer pelo
menos até 1965. A estação não
teve seu nome alterado até a sua
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TRENS
- De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros
pararam nesta estação de 1914 a 1966. Veja aqui
horários em 1948
(Guias Levi). |
desativação por volta de 1970, embora haja outros locais
com o mesmo nome em Minas Gerais. Não consegui determinar se
ela está no município de Ressaquinha ou se no
de Alfredo Vasconcelos. "Há anos que passo pela
BR040 e vejo o leito da EFCB bem ao lado, no trecho entre Alfredo
Vasconcelos e Ressaquinha. Em determinado local, ja bem próximo
de Ressaquinha, há um antigo viaduto de concreto que cruzava
a 040, que hoje mudou de local por uma variante que retificou uma
curva. Aquele viaduto era da EFCB ou RFFSA, uma passagem superior
sobre a rodovia. Aquele local é o ponto de onde se chega a
Bias Fortes, segundo apurei anos atrás. Informaram-me que a
estação foi demolida e que carro não chega ao
local exato porque um pontilhao foi removido. Outra pessoa me disse
que há uma porteira de fazenda no caminho. Em resumo,sempre
que passo por ali acabo adiando a ida a Bias Fortes, e nunca fui lá.
Nem mesmo me dei ao trabalho de fotografar a passagem superior da
EFCB. Qualquer dia desses acabam derrubando aquele viaduto e eu fico
na saudade" (Pedro Paulo Rezende, 24/12/2009).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende, 2009; Max Vasconcellos:
Vias Brasileiras de Communicação, 1928; IBGE: Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, atualizada pelo site http://biblioteca.ibge.com.br,
24/12/2009; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias
Levi, 1932-79) |
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Atualização:
22.10.2011
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