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E. F. do Riacho
(1900-1938)
V. F. Rio Grande do Sul (1938-1966) |
TRISTEZA
Município de Porto Alegre, RS |
Linha de Tristeza - km |
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RS-1202 |
Altitude: - |
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Inauguração: 14.01.1900 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1900 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. do Riacho foi aberta em 1899 para o transporte de cubos entre
o bairro do Riacho e do Asseio. Estes cubos eram feitos a partir de
matéria excrementosa que deveria ser prensada e despejada no
trapiche da Ponta do Mello. A partir de 1900, a ferrovia passou a
transportar também passageiros, bagagens e mercadorias. A tração
era animal, passando para trens a vapor aparentemente nos anos 1910.
Em 1912, a linha foi estendida até a praia de Pedra Redonda.
Em 1924, levou-se a linha até o cais do porto para transportar
pedras para as obras desse cais. Em 1926, foi aberto também
um ramal para Vila Nova. Em seguida, em 1927, a linha foi levada até
a recém-inaugurada estação de Ildefonso Pinto,
que também se ligava com a estação central de
Porto Alegre e de onde também saíam trens da VFRGS para
o interior do Estado. Os guias de horários ainda acusam trens
entre as estações de Riacho e de Pedra Redonda, passando
por Tristeza, em 1932, mas já não os acusam em 1938.
Attila do Amaral afirma que a linha passou para a administração
da VFRGS em 1938 e que nessa época a extensão total
de suas linhas era de 13,770 km. Também diz que essa linha
foi erradicada somente em 1966. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Tristeza foi inaugurada em 1900. Se esta data estiver correta,
alguns dizem que a estação de Tristeza foi aberta
depois da primeira estação, a do Riacho, ou mesmo
da Ponta do Dionísio ou Ponte de Pedra, onde
hoje é a Vila Assunção... um pouco confuso,
realmente.
Era, na verdade, a ponta de um ramal da estrada de ferro originalmente
construída e aberta em 1899 para o transporte de cubos entre
os bairros do Riacho e do Asseio. Estes cubos eram feitos
a partir de matéria excrementosa que deveria ser prensada e
despejada no trapiche da Ponta do Mello.
A partir de 1900, a ferrovia passou a transportar também passageiros,
bagagens e mercadorias.
Em 1912, a linha foi estendida até a praia de Pedra Redonda.
Em 1924, levou-se a linha até o cais do porto para transportar
pedras para as obras desse cais. Também deste ano cita-se uma
abertura (reabertura?) da linha de Tristeza... teria ela interrompido
as atividades durante algum tempo? (ver caixa abaixo sobre este assunto).
Em seguida, em 1927, a linha foi levada até a recém-inaugurada
estação de Ildefonso Pinto, que também
se ligava com a estação central de Porto Alegre
e de onde também saíam trens da VFRGS para o interior
do Estado.
Os guias de horários ainda acusam trens entre as estações
de Riacho e de Pedra Redonda, passando por Tristeza,
em 1932, mas já não os acusam em 1938.
Attila do Amaral afirma que a linha passou para a administração
da VFRGS em 1938 e que nessa época a extensão total
de suas linhas era de 13,770 km. Ele também afirma que essa
linha foi erradicada somente em 1966.
Vários historiadores, entretanto, dão como sendo o ano
da extinção do transporte de passageiros na E. F. do
Riacho como sendo 1932.
"A foto (abaixo) parece ter sido tirada na atual Praça da
Tristeza e com vista para a capela da Tristeza, junto à rua da Igreja,
hoje Padre Reus. De fato, a estrada de ferro seguia até a Pedra Redonda
e era muito frequentada nos finais de semana pelos porto-alegrenses
que iam se banhar nas praias do então prisco Guaíba. Meus pais nos
anos 1930 também se valiam desse transporte ocasionalmente, mas a
preferência deles era pela Vila Elsa, onde tinham uma casinha de veraneio.
Este último lugar ficava junto a um vilarejo chamado Alegria,
do outro lado, perto da atual e Guaíba e que na época se chamava Pedras
Brancas. Lembram-se da questão: o que separa a Alegria da Tristeza?
O Rio Guaíba. Para chegar lá, só de balsa, pois ainda não existia
o sistema de pontes sobre o delta do Jacuí, que é da década de 50.
Realmente pena que a estrada de ferro da Tristeza sumiu, parcialmente
substituída por uma favela brava. O nome Tristeza vem de um senhor
que morava naquela casa que existia ao lado do Cine Gioconda, perto
do posto Dioga. Este, já idoso, sempre se queixava da vida quando
cumprimentado por pessoas que por ali passavam, exclamando: Que tristeza!
E aí o pessoal que visitava a região nos finais de semana se organizava
com a expressão: Vamos ao Tristeza!" (Hans Helmut Zurn,
Florianópolis, SC).
Na fotografia desta página, o morro que aparece ao fundo é
o da Assunção, onde está hoje o "Sétimo
Céu".
O historiador Luciano Ávila afirma que Tristeza
era o apelido do mais antigo morador da região, José
da Silva Guimarães.
"Em 1900, a inauguração da Estrada de Ferro do Riacho - que
fazia um trajeto desde a Ponte de Pedras, no Largo dos Açorianos,
até a Tristeza - intensificou o desenvolvimento do bairro. O "trenzinho",
como era conhecido, consistia em uma locomotiva pequena que puxava
dois ou três vagões. Trafegava três vezes por dia, no verão, e duas
vezes, no inverno. Historiadores e cronistas são unânimes ao afirmar
que foi em função da linha férrea que a Tristeza progrediu, convertendo-se
em zona de veraneio, com um aumento progressivo de habitações construídas.
Em 1910, uma nota no Jornal do Comércio (1) sobre o desenvolvimento
do bairro faz referência às "confortáveis e excelentes residências
de verão", quase todas "em forma de chalé", e de frente para o Guaíba"
(Luciano Ávila, enviado por Marcos Anversa).
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1922
AO LADO: Acidente
em Tristeza (O Estado de S. Paulo, 4/3/1922) |
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1923
AO LADO: Outro acidente
em Tristeza (O Estado de S. Paulo, 13/1/1923)
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1924
AO LADO: Por que
reabertura da linha? (O Estado de S. Paulo, 23/2/1924)
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(Fontes: Hans Helmut Zurn; Luciano
Ávila; Marcos Anversa; Attila do Amaral: Primordios e Desenvolvimento
do Transporte Ferroviário no Rio Grande do Sul, Ministério
dos Transportes, 1970; Carlos
Cornejo e Eduardo Gerodetti: Lembranças do Brasil - As Ferrovias
nos Cartões Postais e Álbuns de Lembranças, 2005;
Gazeta do Povo, P. Alegre, 2008; Guias Levi, 1932-60) |
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A estação de Tristeza, provavelmente nos anos
1910. Foto do livro (em preparação) de Carlos
Cornejo e Eduardo Gerodetti, Lembranças do Brasil
- As Ferrovias nos Cartões Postais e Álbuns de
Lembranças
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Atualização:
16.03.2021
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