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Rede Sul-Mineira
(1927-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1961) |
DELFIM
MOREIRA
Município de Delfim Moreira, MG (veja
a cidade) |
Ramal de Delfim Moreira - km 209,469
(1960) |
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MG-2009 |
Altitude: 1.206 m |
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Inauguração: 23.10.1927 |
Uso atual: museu (2016) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Delfim Moreira saía de Itajubá e foi aberto
em 1928. Nos anos 1930 havia planos de se prolongar a linha até
o ramal de Piquete, que ficava próximo, mas no Estado de São
Paulo e do outro lado da Serra da Mantiqueira. A ligação
nunca saiu. O ramal foi extinto em 30/06/1961. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Delfim Moreira foi inaugurada em 1927. "Era o ponto
final do ramal do mesmo nome, que saía de Itajubá. Essa cidade foi
por muitos anos uma das maiores produtoras de peras, marmelos, dentre
outras frutas que servem para se fazer doces, isso fez com que muitas
fábricas de doces como a Cica e a Peixe se instalassem nessa cidade,
por isso um dos principais produtos transportados nesse ramal eram
doces ou frutas" (Marco Giffoni, 2002).
"Em Delfim Moreira, havia instalações da Indústria PEIXE e
creio que também da CICA. Depois a produção de marmelo entrou em decadência.
Não sei se foi uma praga ou concorrência de outras regiões. Alguns
falam que o marmelo não era usado só para doce. Também entrava na
composição de outros alimentos industrializados como agente espessante
ou aglutinante, não sei ao certo. E que a Química acabou substituindo
o marmelo, que deixou de ter importância como cultura.
Mas, perto de Delfim Moreira, há uma cidade chamada Marmelópolis,
tanta foi a importância econômica que a fruta teve para a região.
Aliás, a verdadeira Itajubá é Delfim Moreira. A atual cidade de Itajubá
foi fundada por dissidentes da Vila que se formara no alto da serra,
no final do século XVIII, em torno da mineração do bandeirante paulista
Miguel Dias. Como progrediu mais, passou à condição de Cidade antes
que Delfim Moreira e ficou com o nome. Daí surgiu uma grande rivalidade.
Os itajubenses se referiam, no meu tempo, a Delfim Moreira como "Itajubá
Velho". Isso se refletia, principalmente, nos jogos de futebol que,
invariavelmente, terminavam em confusão" (Francisco Seixas,
maio de 2008).
A estação ainda estava lá em 2009, servindo como
uma das secretarias da Prefeitura local. O prédio sofreria
outro restauro que seria entregue em meados de 2013, como museu.
ACIMA: Composição da RMV em Delfim
Moreira na primeira metade da década de 1950, aguardando partida
para Itajubá (Fotograma do Youtube,
acervo Tony Maciel). ABAIXO: Trem da RMV manobrando no pátio
da estação, anos 1950. A operação de manobra de retorno
da composição para Itajubá (onde a locomotiva chegava de frente) era
pela linha externa da estação, adentrava o virador, que ficava onde
hoje fica a Escola Estadual Marquês de Sapucaí, saía
pela linha interna até o desvio que ficava a cerca de 200 metros à
frente da estação (visto em uma das fotos) e retornava de ré para
acoplar-se novamente à composição (Acervo e cessão Fábio Montes
Rodrigues).
ABAIXO: Entrada do pátio
da estação, anos 1950 (Acervo e cessão Fábio
Montes Rodrigues).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Ana Maria Giesbrecht;
Fábio Montes Rodrigues; Edméia Guimarães Alkmin;
Christian Henriques Vieth; Tony Maciel; Francisco
Seixas; Marco Giffoni; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960) |
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A estação em 1978. Foto Christian Henriques Vieth |
Estação de Delfim Moreira, em 2002. Cessão
Marco Giffoni |
A estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria Giesbrecht
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Porta da estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria
Giesbrecht |
Os fundos da estação em 06/02/2005. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A estação em 06/02/2005. Foto Ana Maria Giesbrecht |
A estação em 2011. Foto Francisco Seixas |
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Atualização:
04.06.2017
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