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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1915-1930)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1930-1975)
RFFSA (1975-1996) |
LUZERNA
(antiga BOM RETIRO)
Município de Luzerna, SC |
linha Itararé-Uruguai -
km 778,495 (1935) |
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SC-0481 |
Altitude: 520,251 m |
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Inauguração: 1915 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A estação
do Bom Retiro foi construída em 1915, no local então
denominado Passo do Limeira (foz do rio Limeira no rio
do Peixe), de acordo com depoimento de Henrique Hacker
em 1967, tendo sido ele o seu construtor. Esta estação
deu origem à vila de Bom Retiro, que em 1946 mudou seu
nome para Luzerna.
Em 1949 tornou-se um distrito do município de Joaçaba,
para mais tarde tornar-se município (anos 1990?).
Embora a estação, como todas as outras da linha entre
Caçador e o rio Uruguai, estivesse à margem
esquerda (leste) do rio do Peixe, a cidade desenvolveu-se do
outro lado, o oeste, do rio.
A estação ficou por muitos anos isolada, e quem nela
descia ou embarcava tinha de tomar uma balsa para atravessar o rio,
até 1947, quando uma ponte de madeira foi construída.
Em 1967, esta ponte ainda era a única ligação
entre a estação e o distrito e estava em consições
precárias, embora já houvesse planos para uma nova.
A estação de Luzerna já foi demolida e
nada mais resta do seu passado ferroviário. Na verdade, a grande
enchente de 1983 deu uma excelente desculpa para a RFFSA desativar
e abandonar várias das estações da linha, principalmente
as de madeira, que, como a de Luzerna, eram, ou são,
a maioria dos casos.
Aliás, a estação de Luzerna era atípica,
pois ao contrário da maioria das estações dessa linha,
ficava do lado do rio, ou seja, à direita de quem vai para o sul.
Quase todas as estações ficavam à esquerda. Por isso a estação ficou
totalmente esquecida da cidade, que prosperou a 200 metros rio acima,
e na margem oposta. Hoje o local próximo à estação é um vilarejo de
no máximo 20 casas.
ACIMA: Aspecto desolador do bairro de Lucerna em 2014, perto do que foi a estação (Foto Mario Pailo)
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1926
AO LADO: Aumento da estação
(O Estado de S. Paulo,
5/1/1926).
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(Fontes: Henrique Hacker; Nilson Rodrigues;
Álbum Comemorativo do Cinqüentenário do município
de Joaçaba, 1967; O Estado de S. Paulo, 1926; Diário
Catarinense, 27/07/2002) |
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Em foto de 1917, a vila do outro lado do rio; em primeiro plano,
na margem esquerda, a linha da RVPSC |
Em foto sem data, tirada por Henrique Hacker, a então
parada do Bom Retiro. |
Fotos em branco e preto: Álbum Comemorativo
do Cinqüentenário do município de Joaçaba
(1967). Foto de 2002: Nilson Rodrigues |
A estação ainda de pé, sem data. Anos 1980?
Autor desconhecido |
Os pilares da estação no meio do arvoredo, em
12/2002. |
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Atualização:
20.01.2023
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