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Siga a linha: |
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Itararé
Coronel Isaltino
Sengés
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Itararé-Uruguai, PR- 1965
IBGE - 1960
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Os traçados das linhas do trecho Itararé-Jaguariaíva - por Marcos Dutra
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2002
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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1925-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1994) |
CORONEL
ISALTINO
(antiga MORUNGAVA)
Município de Sengés, PR |
linha Itararé-Uruguai -
km 9,953 (1936) |
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PR-0464 |
Altitude: 606 m |
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Inauguração: 11.09.1925 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1925? |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Morungava (ou Morungaba) foi inaugurada em 1925 e
ficava junto à fazenda desse nome que era propriedade da Serraria
Lumber, de Três Barras, SC, também associada à
Brazil Railways. Porém, nos primeiros tempos, seu nome ainda
teria sido outro: Quilômetro 242 (os guias de 1925 citam
este nome).
Logo após a revolução de 1930, a estação
recebeu o nome de Coronel Isaltino, que teria falecido durante
essas lutas próximas à fronteira paulista. A foto da
estação de Coronel Izaltino, mostrada abaixo, foi feita
em 1930, durante a revolução.
Em 1936, o guia de horários oficial da RVPSC cita um desvio
na estação, da S. L. B. C. Backing Cy., claramente a
Lumber (não entendi o "Backing Cy). Esse desvio
pode ser o que teria dado origem à estação. Não
consegui achar uma pessoa na região montanhosa
entre Itararé e Sengés que tivesse ouvido
falar dela, para tentar sua localização.
Perto dela havia duas pontes metálicas, dentre as inúmeras
do trecho, que ainda existiam, em 2002, sem trilhos, próximas
à estrada que liga Itararé a Sengés,
uma, sobre o rio Funil, entre a estação e Itararé,
outra, já após ela, no rio Pelame.
Todas as estações desse trecho tão ruim já
não existem mais. O trecho, chamado de "pior trecho
ferroviário do Brasil", era cheio de curvas tortuosíssimas
e teve os trilhos arrancados em 1993. Algumas estações da linha Itararé-Uruguai
eram padrões, com a estação, uma casa atrás ou do lado, e um corredor
de interligação. A de Coronel Isaltino tinha o corredor para
trás, outras, como Anhanguera e Adolfo Konder, no trecho
catarinense, tinham os corredores para os lados.
Em agosto de 2016, Mario Pailo encontrou as ruínas
das fundações da estação: "Encontrei
o que sobrou desta estação. Está localizada após a ponte do Rio Pelame,
sentido Itararé. Sobraram apenas alguns pilares".
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1923
AO LADO: Acidente junto à fazenda Morungaba, muito
próxima da estação de Coronel Izaltino
(O Estado de S. Paulo, 8/11/1923).
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1939
AO LADO: Reconstrução da ponte sobre o rio
Itararé, na fronteira SP/PR e próxima à
estação de Coronel Izaltino. Esta ponte foi
destruída por um incêndio, pois era de madeira
e, segundo concluí, era uma que havia substituído
"provisoriamente" a velha ponte de 1908, que caiu
em 1924, portanto, treze anos antes do incêndio (O Estado
de S. Paulo, 26/4/1939).
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ACIMA: Ruínas das fundações
da estação de Coronel Isaltino em 2016 (Mario
Pailo, 7/8/2016).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários e fontes diversas,
trens de passageiros pararam nesta estação de
1925 a 1977. Veja aqui horários
em 1948 (Guias Levi). |
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Mario Pailo; Claro Jansson; Nilson Rodrigues; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1909-80; RVPSC: Horário
dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; O Cruzeiro: A Revolução
Nacional de 1930, 1930-31; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1930, ocupada durante a revolução.
Foto Claro Jansson, cedida por Nilson Rodrigues |
Ponte próxima à antiga estação de
Coronel Isaltino, em 24/09/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Ponte próxima à antiga estação de
Coronel Isaltino, em 24/09/2002. Foto Ralph M. Giesbrecht |
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Atualização:
08.04.2020
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