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Siga a linha:
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Marumbi
Cadeado
Véu de Noiva
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2002
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E. F. Paraná
(1885?-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-anos
1950) |
CADEADO
Município de Morretes, PR |
linha Curitiba-Paranaguá - km 63,500
(1936) |
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PR-2434 |
Altitude: 587,430 m |
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Inauguração: 05.02.1885? |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
n/d |
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HISTORICO DA LINHA:
A linha unindo Curitiba a Paranaguá, a mais
antiga do Estado, foi aberta pela E. F. Paraná de Paranaguá
a Morretes em 1883, chegando a Curitiba em fevereiro ded 1885. Durante
seus 120 anos de existência ela pouco mudou, apenas dentro de
Curitiba e na mudança de um ou outro túnel na serra.
É considerada um dos marcos da engenharia ferroviária
nacional, projetada por André Rebouças e construída
por Teixeira Soares, depois de firmas estrangeiras recusarem a obra
devido à dificuldade do trecho da serra, entre Morretes e Roça
Nova. É também uma das poucas linhas que continua ter
trens de passageiros, embora de forma turística apenas, desde
os anos 1990, hoje explorado por uma concessionária privada,
a Serra Verde. Em 1942, a E. F. Paraná foi englobada pela R.
V. Paraná-Santa Catarina, e esta, em 1975, transformada em
uma divisão da RFFSA. Em 1996, o trecho passou a ser operado
pela ALL, que obteve a concessão da antiga RVPSC. |
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HISTÓRICO DA ESTAÇÃO:
O posto de Cadeado emprestou o nome do conjunto de morros que
lhe fica em frente. Sua data de inauguração é-me
desconhecida.
Nesta pequena casa de madeira almoçaram a Princesa Izabel e
o Conde D'Eu em dezembro de 1884, quando visitaram a estrada
de ferro em vésperas de ser inaugurada. Em Cadeado desembarcou
a comitiva que, em maio de 1894, foi à serra sepultar os mortos da
chacina do Km 65. Foi um dos episódios do terror da Revolução Federalista
no Paraná, do qual alguns aspectos ainda se encontram sob penumbra.
Dias antes, em Curitiba, por ordem da República, foram presos,
entre outros, o Barão do Serro Azul. Na noite de 20 de maio
de 1894, foram todos metidos numa composição ferroviária que partiu
de Curitiba com destino presumível de Paranaguá . Sobre
o precipício pouco antes do cadeado, foram fuzilados e abandonados
à margem da linha. No dia seguinte, Curitiba soube do massacre
através dos passageiros do trem da tabela e informantes à socapa.
Permaneceram insepultos por cinco dias, até que uma comitiva de amigos,
composta de três militares, desembarcou no Cadeado para
piedosamente sepultar as vítimas, o que foi feito no próprio local
da execução. De tudo lavrou-se uma ata, registrada no primeiro Tabelião
de Curitiba, datada de 25/05/1894, na estação de Piraquara.
No local, plantaram uma cruz de ferro, que até hoje ali se encontra
a esquerda de quem desce para Paranaguá (Dirceu Cavalcanti).
Foi mais tarde "parada de serviço". Um antigo telegrafista,
Eugênio Dall'Stella, falava que ali também havia um posto de
vigia sobre os trens no trecho mais perigoso da serra, pois dali se
descortina uma vista panorâmica. Havia no posto um pluviômetro, pois
as chuvas sempre significavam perigo para as composições. Com os dados
colhidos pelas estações, a Companhia organizava um mapa anual, o percursor
dos registros meteorológicos no Paraná. Demolido o prédio primitivo
de Cadeado, o engenheiro Raphael Semchechem, patrocinou
a ereção da atual capela de N. Sra. do Cadeado, inaugurada
com missa solene no dia 5/02/1965. Era um dos trechos preferidos do
pintor Alfredo Andersen, que o perenizou em tela.
O posto de Cadeado não era citado como estação
oficial, não aparecendo geralmente nas publicações
como o Guia Levi. A atual capela, que fica no lugar do antigo
posto, é parada das litorinas que seguem de Curitiba
a Paranaguá nos trens turísticos da Serra Verde.
Quanto às depredações na Casa Ipiranga, já demolida e que ficava naquelas paragens, em 2023, Giovanni (Ferrari Bertoldi) divulgou-me o projeto SOS Casa Ipiranga, do qual participa, onde busca fazer mutirões para ao menos realizar a limpeza do patrimônio ferroviário da Serra do Mar Paranaense. Já realizaram ações de limpeza na Casa Ipiranga e de limpeza, manutenção e recuperação no Santuário N.S. do Cadeado.
ACIMA: Posto do Cadeado, provavelmente anos 1930 (Fotografia Arthur Wischral, acervo Nilson Rodrigues).
(Fontes: Giovanni Ferrari Bertoldi, 2023; Nilson Rodrigues, 1981; Arthur Wischral; Dirceu Cavalcanti; Eugênio
Dall'Stella) |
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A parada do Cadeado, em foto provavelmente dos anos 1930. Autor
desconhecido |
A capela do Cadeado, em 1981. Foto Nilson Rodrigues |
A capela do Cadeado, em 1981. Foto Nilson Rodrigues |
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Atualização:
09.02.2023
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