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E. F. Leopoldina
(1926-1975)
RFFSA (1975-1997)
Supervia (1997-2002) |
BARÃO
DE MAUÁ
Município do Rio de Janeiro, RJ |
Linha do Norte - km 0 |
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RJ-1291 |
Altitude: 3 m |
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Inauguração: 06.12.1926 |
Uso atual: abandonada (2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926 |
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HISTORICO DA LINHA:
A linha que unia o centro do Rio de Janeiro a Petrópolis e Três Rios
foi construída por empresas diferentes em tempos diferentes. Uma pequena
parte dela é a mais antiga do Brasil, construída pelo Barão de Mauá
em 1854 e que unia o porto de Mauá (Guia de Pacobaíba) à estação de
Raiz da Serra (Vila Inhomerim). O trecho entre esta última e a estação
de Piabetá foi incorporada pela E. F. Príncipe do Grão Pará, que construiu
o prolongamento até Petrópolis e Areal entre os anos de 1883 e 1886.
Finalmente a estação de Areal foi unida à de Três Rios em 1900, já
pela Leopoldina. Finalmente, o trecho entre o a estação de São Francisco
Xavier, na Central do Brasil, e Piabetá foi entregue entre 1886 e
1888 pela chamada E. F. Norte, que neste último ano foi comprada pela
R. J. Northern Railway. Finalmente, em 1890, a linha toda passou para
o controle da Leopoldina. Em 1926 a linha foi estendida finalmente
até a estação de Barão de Mauá, aberta nesse ano, eliminando-se a
baldeação em São Francisco Xavier. O trecho entre Vila Inhomerim e
Três Rios foi suprimido em 5 de novembro de 1964. Segue operando para
trens metropolitanos todo o trecho entre o centro do Rio de Janeiro
e Vila Inhomerim. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Barão de Mauá, cujo nome homenageou, claro,
Irineu Evangelista de Souza, pioneiro da ferrovia no Brasil,
foi inaugurada em 1926, dezessete anos depois do início das
discussões e pedidos de autorização para a sua
construção.
Até 1909, a linha da Leopoldina começava na estação
de São Francisco Xavier, da Central do Brasil, o que forçava
os passageiros à baldeação, devido à diferença
de bitolas. A história das idas e vindas para a construção
da nova estação foi bastante complicada, que acabou
por gerar uma discussão acerca de se a estação
deveria ter sido construída comportando espaço também
para a linha Auxiliar da Central do Brasil e da Rio de Ouro,
as duas também de bitola métrica.
Entre 1909 e 1926, a Leopoldinautilizou uma
estação provisória para o embarque em suas linhas,
que haviam sido prolongadas por volta de 1910 até a Praia
Formosa.
Em 1934, a discussão acabou com a vitória da Leopoldina:
a estação só serviria mesmo a
ela, visto que o Governo, dono da Central do Brasil e da
Rio de Ouro, não havia cumprido a promessa
de também pagar sua parte
na sua construção.
A estação deixou de ser utilizada definitivamente para
embarque de passageiros em 2002 da antiga linha do Norte (até
Guapimirim e Saracuruna), quando todos os passageiros
passaram a embarcar na estação Dom Pedro II,
da antiga Central.
Permaneceu abandonada até 2015. "Em 14/12/2015, no
entanto, recebeu novos inquilinos para expediente diário: no empoeirado
2º andar do prédio, foram instalados o gabinete do secretário estadual
de Transportes, Carlos Roberto Osorio, e as salas da Subsecretaria
Executiva, da Coordenadoria de Projetos e da assessoria de imprensa
do órgão. No primeiro dia de trabalho no novo escritório, parte dos
funcionários da secretaria — que ainda ocupava sete andares de um prédio
em Copacabana — dividiu espaço com goteiras, paredes descascadas,
janelas quebradas e restos de ninhos de pombos. Quem encostava no
corrimão, ficava com as mãos sujas de fuligem. Na hora de lavá-las,
no banheiro, nem todas as torneiras funcionavam" (O Globo,
15/12/2015).
Em 2023, havia perspectivas de restauro do prédio. Algumas curiosidades sobre o que está ainda dentro do prédio neste ano, segundo um artigo publicado em no site da Revista Ferroviária de 4/9/2023: "No interior do edifício, de quatro andares incluindo o térreo, há tetos sem revestimento, bem como fiação e tubulações arrancadas. Além da deterioração decorrente da falta de manutenção, o imóvel vem sendo depredado por conta de constantes tentativas de invasão.
'No térreo (primeiro pavimento), o busto do Barão de Mauá, pioneiro da ferrovia no Brasil, continua imponente. Sinais do passado estão também em nomes que designavam espaços, como a “sahida”, com a grafia antiga, e a charutaria. Até o terceiro andar, o que restou do acervo móvel teria sido transferido para um depósito. No quarto andar, no entanto, onde funcionou o órgão central do Serviço Social das Estradas de Ferro, espalhados por salas há computadores, papeis, armários de arquivo, divisórias, carimbos e até flores de pano. Do lado externo, nem a tela de proteção resistiu ao abandono, e a marquise precisou ser escorada. A fachada lotada de pichações completa o cenário.
No espaço hoje ocupado pelo terminal, já funcionou até um hipódromo, o Guarani, nos anos 1970 e 1980 do século XIX, recorda André Leonardo Chevitarese, professor de história e arqueologia da UFRJ. Projetada pelo escocês Robert Prentice, a Estação Barão de Mauá é tombada pelo Iphan e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). O arquiteto se inspirou nas estações inglesas eduardianas do início do século XX. Na verdade, a estação nunca foi completada. Também a ala esquerda, prevista no projeto original, jamais foi executada, recorda André Leonardo Chevitarese, professor de história e arqueologia da UFRJ'".
(Veja também PRAIA FORMOSA)
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1925
AO LADO: Pátio da estação, sem data
(O Estado de S. Paulo, 4/4/1925).
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ACIMA: Patio interno da estação
na época de sua inauguração, 1926 (Autor
desconhecido).
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1927
AO LADO: Acidente na estação (O Estado de
S. Paulo, 23/2/1927).
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1927
AO LADO: Apesar de já aberta, as obras de acabamento na estação continuavam (O Estado de
S. Paulo, 21/7/1927). |
ACIMA e ABAIXO: Pátio de Barão
de Mauá em 1931 (W. Cyril Williams: The Leopoldina Railway,
A Narrow Gauge Railroad of Exceptional Interest, 1/1931. Cessão
Luciano Pavloski).
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1931
AO LADO: Os trens da linha Auxiliar passariam a sair da
estação de Barão de Mauá e não
mais de Alfredo Maia. Tal parece nunca ter acontecido, a não
ser em situações provisórias (O Estado
de S. Paulo, 10/4/1931).
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1935
AO LADO: Descarrilam,ento na estação (O Estado
de S. Paulo, 22/3/1935). |
ACIMA: Comunistas arranjam confusão na estação em 1935 (Correio de S. Paulo, 2/8/1935).
ACIMA: Outra visão do pátio,
provavelmente também nos anos 1930 (Autor desconhecido).
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LEMBRANÇAS
DE BARÃO DE MAUÁ: O que eu gostava de fazer
era ir para esta plataforma da direita (ver foto grande abaixo)
às 4 50hs da manhã, pois em 1972, 73, 74, 75... até 1980 partiam
dela dois trens: um saía às 5 em ponto (da manhã) e ia para
Campos (antes ia até Cachoeiro) e 5 minutos depois, às 5hs
e 5m. saía outro para Recreio. Em Caxias, a próxima parada,
partiam às 5h 20 e 5h25... Eta, tempo bom! (Hugo Caramuru,
2013). Esse trem que ia para Recreio, entrava na variante
de S Bento-Ambaí e chegava a Japeri 7hs. Em Tres Rios lá pelas
11 30hs e em Recreio lá pelas 19hs. Em Tres Rios o trem se
divida: uma parte ia para Caratinga e a outra para Carangola
(eu ficava em Recreio). Ano de 1960, embarcava em B Mauá,
e em Itaboraí, juntava-se o vagão Miracema(vindo de Niterói).Em
Campos, passávamos para este vagão pois a composição em que
estávamos seguiria para Vitória. De Campos, a vaporosa carregava
margeando o Rio Paraíba, o Pomba e à noitinha chegávamos em
Pádua (Salles Filho, 2013).
1945
À ESQUERDA: Os problemas com informações
na estação Barão de Mauá em 1945
(Correio da Manhã, 16/1/1945).
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ACIMA: Pátio da estação, sem
data (Acervo Hugo Caramuru).
ACIMA: Semáforos na
entrada do pátio de Barão de Mauá em 1970
(Autor desconhecido).
ACIMA: Interior da estação de Barão de Mauá em 13/11/1971 (Arquivo Nacional).
ACIMA: Ponte de ligação entre Barão de Mauá
e Praia Formosa sobre o Canal do Mangue (sem data).
ACIMA: Parte das
plataformas da estação Barão de Mauá,
abandonada (Fotos Eduardo
P. Moreira em abril de 2009).
(Fontes:
Eduardo P. Moreira; Carlos Latuff;
Luciano Pavloski; Fábio
Motta/O Estado de S. Paulo; Marcelo Lordeiro; Hugo Caramuru; O Estado
de S. Paulo, 1925; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina
Railway, 1938; W. Cyril Williams: The Leopoldina Railway,
A Narrow Gauge Railroad of Exceptional Interest, 1/1931; Guia
Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guia Rex, 1995; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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Fachada da estação de Barão de Mauá
pouco após a inauguração. A avenida na
frente é a atual Francisco Bicalho. Foto Preserve |
A estação em 2001. Foto Fábio Motta, de
O Estado de S. Paulo |
Saguão da estação em 2001. Foto Fábio
Motta, de O Estado de S. Paulo |
A estação em 2002. Foto Carlos Latuff |
Saguão da estação em 2002. Foto Carlos
Latuff |
A estação vista do viaduto, c. 2014. Foto Eduardo
P. Moreira |
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Atualização:
05.09.2023
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