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Cia. E. F. Sul do
Espírito Santo (1906-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1975)
RFFSA (1975-1996) |
RIO
FUNDO
Município de |
Linha do Litoral - km 577,820 (1960) |
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ES-3409 |
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Inauguração: 1906 |
Uso atual: n/d |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi
construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Rio Fundo foi inaugurada por volta de 1906. "Foram
esplêndidos os dias passados em Guiomar, que os ferroviários chamaram
'Cinqüenta e Nove', porque dista 59 km de Matilde. A produção,
desde Matilde até Vargem Alta, em plena serra, desbravada pelos colonos
italianos, imigrantes do Vêneto, não procurou mais os portos de Guarapari,
Piúma e Anchieta: desceu pelo traçado custoso da Leopoldina. Os colonos
obtiveram melhor preço para seus produtos e a zona serrana tomou alento
temporário. As terras frias não foram propícias aos cafezais plantados
aos soluços e promessas a Nossa Senhora do Caravaggio. As férias foram
memoráveis. O escolar encontrou novos companheiros, Tancredo e Raul,
e os caminhos das colônias foram varridos em montarias trotonas. Pelo
trem das quatro e meia, veio de Matilde 'Seu' Serafim e, dois dias
depois, com mais roupa e outra botina amarela, o menino e seus amigos
Tancredo e Raul lá se foram em férias para Guiomar. O trem corria
pouco, as rodas rangiam nas curvas e cada junta dos trilhos solancava
com um 'trutuque' enjoado. Na estação de Viana tomaram café com bolos
de arroz, vendidos pela mulher do agente. Partiu o comboio, depois
de longa demora, e na caixa d'água, em Jucu, enquanto se reabastecia,
chuparam mangas. Com velocidade reduzida o trem seguiu, batendo caixa.
A rampa e as curvas amarravam a corrida. O vale do Jucu é uma beleza!
Corredeiras, árvores enormes, embaúbas, palmitos, bois pastando nas
encostas descorticadas pela erosão! Os meninos conversavam, comiam
bolos, faziam planos e lembravam-se do Vilanova com certo receio.
Passaram os túneis, receberam muitas fagulhas nos olhos e venceram
as estações de Germânia, Marechal Floriano, Rio Fundo e Araguaia,
úmida e garoenta. Com o Sr. Lorenzoni à espera de jornais, Iriritimirim,
parada rápida e, finalmente, alcançaram o vale do Benevente. Guiomar
é o divisor de águas entre Cachoeiro de Itapemirim e Vitória. Lá morava
o médico José Teixeira de Mesquita, que assistia os operários, e de
lá o frei Manoel Simões, da fazenda do Centro, periodicamente vinha
batizar, casar e assistir os colonos italianos, então numerosos, em
Vargem Alta, Virgínia e Alto Rio Novo." (Luiz Serafim
Derenzi, descrevendo o local da estação nos anos
20; reproduzido de http://gazetaonline.globo.com/estacaocapixaba)
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A estação, em 1906. Acervo Arquivo Nacional |
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Atualização:
27.03.2011
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