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E. F. Dom Pedro
II - ramal de Porto Novo (1875-1890)
E. F. Central do Brasil - ramal de Porto Novo
(1890-1911)
E. F. Central do Brasil - Linha Auxiliar (1911-1965)
E. F. Leopoldina (1965-1975)
RFFSA (1975-1997) |
ANTA
Município de Sapucaia, RJ |
Linha Auxiliar - km 203,004 (1928) |
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RJ-1276 |
Altitude: 243 m |
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Inauguração: 02.12.1875 |
Uso atual: centro cultural (2010) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA:HISTORICO DA LINHA: A chamada
E. F. Melhoramentos foi construída a partir de
1892. Em 1895 foi aberta a linha entre a estação de Mangueira e a da atual Honorio Gurgel. Em março de 1898 foi entregue o trecho até Paraíba do Sul. Até Três Rios foi logo em seguida e em 1911 alcançou Porto Novo do Cunha, anexando o ramal deste nome, que teve a bitola reduzida para métrica, a mesma da Auxiliar. O traçado da serra,
construído em livre aderência e com poucos túneis, foi projetado por
Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E.
F. Melhoramentos já havia sido incorporada à E. F. Central do Brasil e passou
a se chamar Linha Auxiliar.
No final dos anos 1950, este antigo ramal foi incorporado à E. F.
Leopoldina. A linha, entre o início e a estação de Japeri,
onde se encontra com a Linha do Centro pela primeira vez, transformou-se
em linha de trens de subúrbios, que operam até hoje; da mesma forma,
a linha se confunde com a Linha do Centro entre as estações de Paraíba
do Sul e Três Rios, onde, devido à diferença de bitolas entre as duas
redes, existe bitola mista. A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos
anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará,
entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para
trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e
Três Rios, entretanto, a linha está abandonada já desde
1996. |
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A ESTAÇÃO: A estação de
Anta, aberta em 1875, ficava localizada no antigo ramal
de Porto Novo da EFCB. Foi incorporada pela Linha Auxiliar em 1911.
A estação é
a primeira em território do Estado do Rio de Janeiro, depois
de a linha cruzar novamente
o rio Paraíba e retornar a ele.
Em 1928, "do
meio da ponte (que cruza o rio Paraíba) é perfeitamente
contemplada a minúscula povoação de Anta, com
a sua modesta capellinha irradiando a brancura das alvas paredes
sobre as plagas verdes e devotas do território fluminense (...)
uma barca de cabo, que está em correspondencia com os trens,
faz o serviço de transporte de passageiros entre as duas
margens do rio".
A restauração da antiga estação de Anta ocorreu em 2000.
Nos
anos 2000, a construção de uma variante no trecho
onde estava Anta causou a desativação
da linha que passava pela velha estação, no final
de 2010. De lá para cá, passados os anos,
os cuidados não têm sido os melhores. Se os pombos que lá
habitam, em número cada vez maior, já que não se preocupam em conter a população das aves
deixarem, talvez o prédio dure mais algumas décadas. As perspectivas
pareciam sombrias para ele.
Por ela passava o trem de bauxita da FCA entre Barão
de Camargos (próximo a Cataguases) e Barão de Angra,
distrito de Paraíba do Sul, até 2010. Este foi o último trem a passar por ali. O próprio trem, que passou a seguir pela variante, foi desativado em 2013.
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1892
AO LADO: O trem descarrilou entre Anta e Chiador (O Estado de S. Paulo, 17/2/1892). |
ACIMA: Estação e pátio (ou
o que sobrou dele) de Anta, em dezembro de 2009 (Foto Jorge A. Ferreira).
ACIMA: Vão-se os trilhos, depois da construção
e entrega da variante em dezembro de 2010 (Foto Gutierrez L. Coelho).
A pista da BR-116 tem um trecho em que está sendo reconstruída
numa cota de 4 a 5 m acima da atual. Áreas serão
totalmente inundadas. A linha, com a variante, teve sua cota
elevada, ficando a ponte original desta em área de futura inundação.
A retirada dos trilhos teve início no ponto em que a
linha se elevou para encaixar na nova ponte construída para
atravessar o Paraíba do Sul, antes da estação. No momento (12/2010)
as turmas de serviço estão trabalhando na área da estação propriamente
dita. Daí em diante, até a antiga ponte de Anta, os trilhos
ainda vão ser retirados, transformando-se o leito em estradinha
local. As obras na BR-116 e na linha da FCA, inclusive a nova
ponte ferroviária, estão sendo executadas com recursos de Furnas,
a construtora das duas PCHs (pequena central hidroelétrica).
Juntas, Anta e Simplicio, deverão gerar por volta de 315 MW
máximos, segundo um engenheiro de Furnas com quem conversei.
Curiosamente a PCH Simplicio está locada em um ponto do rio
que não se vê da estrada. Está, também, longe da linha férrea.
O acesso é somente por estradinhas abertas em função da obra,
pelo lado mineiro. |
2010
AO LADO: A situação da estação e da linha, por Gutierrez L. Coelho (Foto Jorge A. Ferreira). |
(Fontes: William I. Martins; Gutierrez L. Coelho; Jorge Alves Ferreira;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Anta, em 08/2002. Foto Jorge Alves
Ferreira |
A estação de Anta, em 08/2002. Foto Jorge Alves
Ferreira |
A estação de Anta, em 08/2002. Foto Jorge Alves
Ferreira |
A estação em 2004. Foto William I. Martins |
Plataforma da estação em 09/2018. Foto Daniel Guimarães |
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Atualização:
13.04.2020
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