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E. F. Central do
Brasil (1929-1964)
E. F. Leopoldina (1964-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CRASTO
Município de Barra Longa, MG |
Ramal de Ponte Nova - km 611,741 (1960) |
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MG-0811 |
Altitude: 417 m |
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Inauguração: 05.08.1929 |
Uso atual: restaurada (2020) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1929 |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Ponte Nova foi construído em 1887 e 1888 para, da estação
de Burnier, se atingir Ouro Preto, então capital da Província,
de forma que ela se ligasse com o Rio de Janeiro por via férrea.
Somente mais tarde, entre 1914 e 1926, é que foi construído
o trecho que chegaria até Ponte Nova. Por uma resolução
da RFFSA, RI-51 de 2/6/1964, o ramal passou a ser operado pela Leopoldina.
Até 1980 ainda havia trens mistos percorrendo o ramal. Atualmente
o ramal da Ponte Nova está desativado, tanto para passageiros
como para cargas. Seus trilhos foram praticamente todos arrancados. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Crasto foi inaugurada em 1929; seu prédio tem o mesmo
estilo da estação de Acaiaca.
Pelo menos até 1980 ainda havia movimentação
de passageiros que podiam se utilizar dos trens mistos. Curiosamente,
esta estação não aparecia nos guias de trens
da época.
"A Estação do Crasto foi construída em uma região de fazendas
de gado e café, cujo centro econômico era a cidade de Ponte Nova.
Meu avô, Edmundo Mariano da Costa Lanna (Mundeco), era fazendeiro
e proprietário da Fazenda das Corvinas, às margens do Rio Gualaxo.
A Fazenda das Corvinas era grande produtora de café, chegando, no
auge da produção a exportar 3000 sacas de café por ano, que iam de
carros-de-bois até a Estação, distante 14 km para o embarque, em vagões
cargueiros que, provavelmente, ficavam estacionados no local aguardando
a passagem do trem, usando o desvio, no outro lado da mesma (observar
que a linha passava dos dois lados da Estação). Ao escoar a produção
desta imensa e montanhosa região até Ponte Nova e daí para o Rio de
Janeiro pela linha da Leopoldina a Estação do Crasto tinha grande
importância para o comércio exterior do Brasil" (Eduardo
de Lanna Malta, 08/2007).
Lamentavelmente em 2007 a antiga estação de Crasto
estava abandonada e semidestruída. Estava no terreno de um fazendeiro
que apenas a utilizava como depósito de milho. A arquitetura, igual
à de Acaiaca, inclusive mostrava as gregas no alto da alvenaria,
abaixo do telhado.
Daqui até Ponte Nova os trilhos e dormentes já haviam sido
arrancados, provavelmente roubados.
Em 2022, a estação estava em magnifico aspecto, tendo sido pintada. Apesar disto, havia muito mato em volta do prédio.
ACIMA: Mapa
dos anos 1950 mostra a linha passando pelo extremo sul do município
de Barra Longa, com as três estações: Crasto,
Felipe dos Santos e Cônego Luiz Vieira, no mapa como Barro Branco
(mapa parcial) (IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
vol. VII, 1960).
ACIMA: A Fazenda das Corvinas, em agosto de 2007, próxima à estação do Crasto.
ACIMA: Cercada pelo matagal, a caixa d'água próxima à
estação: nem trilhos nem leito são vistos, sinal
de que o trem, ali, acabou para sempre (Foto Eduardo de Lanna Malta
em agosto de 2007).
ACIMA: Estação de Castro, já reformada em 2020 (Autor desconhecido).
(Fontes:
Gutierrez L. Coelho, 2004; Eduardo
de Lanna Malta; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
vol. VII, 1960;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação em 06/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 06/2004. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação em 08/2007. Foto Eduardo de Lanna Malta |
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Atualização:
12.12.2021
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