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E. F. Central do
Brasil (1925-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CABANGU
(antiga SANTOS DUMONT)
Município de Santos Dumont, MG |
Linha do Centro - km 341,384 (1928) |
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MG-0181 |
Altitude: 943 m |
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Inauguração: 1923 |
Uso atual: nenhum (2015) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1925 |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A parada
de Cabangu foi aberta em frente à fazenda deste nome,
da família Santos Dumont, em 1923.
Logo após, passou a ter o nome da família; porém,
com a mudança, nos anos 1930, do nome da cidade e da estação
principal da cidade, de Palmira para Santos Dumont,
a parada voltou a se chamar Cabangu.
Em 1928, o ufanismo de Max Vasconcellos descrevia o lugar,
na fazenda de Alberto Santos Dumont, então ainda vivo:
"Logo adiante desta estação os trilhos curvam-se
no molde perfeito de uma ferradura; do lado externo da ferradura gigantesca,
avarandada, entre umbrosos arvoredos e à beira de formoso lago,
dedpara-se rosea e modesta casinha. Aquele pequeno lago reflete toda
a luz fulgurante de um mundo de glórias! Aquela pequena casa
é o ninho do gênio que realizou uma as maiores conquista
humanas! Ali nasceu Santos Dumont".
A fazenda e o lago ainda se conservam hoje ali, continuando a ser
um local aprazível. A fazenda tornou-se um museu mantido pela
FAB - Força Aérea Brasileira.
Era apenas uma plataforma com cobertura, mas sobrevive até
hoje.
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1923
AO LADO: O nome da parada - no texto saiu erradamente
como "Gabangu" (O Estado de S. Paulo, 19/10/1923).
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1923
AO LADO: O próprio Santos Dumont pediu que a parada
mantivesse o nome de Cabangu e explica por que (O Estado de
S. Paulo, 20/10/1923).
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ACIMA: O famoso "S" de Cabangu... anos 1960.
Notar que a foto foi feita de uma das pernas do S, no trecho acima
da fazenda Cabangu. No centro, comboio cargueiro da Central do Brasil.
No canto esquerdo inferior da foto, a casa de Santos Dumont. A parada
está atrás das árvores no lado esquerdo. A mesma
visão hoje é atrapalhada pela imensa plantação de eucaliptos nos morros
adjacentes (Acervo Museu de Cabangu; reprodução Pedro
Paulo Rezende, 03/2009).
ACIMA: Parada de Cabangu, possivelmente anos 1960 (Autor desconhecido).
(Fontes: Pedro Paulo Rezende; Jorge A. Ferreira,
2001; Jonathan Sobral, 2007; Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de
Comunicação, 1928) |
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A estação de Cabangu e o auto de linha, em 2001.
Foto Jorge A. Ferreira |
A estação de Cabangu, em 2001. Foto Júlio
C. Paiva |
A estação de Cabangu e o auto de linha, em 2001.
Foto Jorge A. Ferreira |
A estação de Cabangu e a locomotiva, em 2001.
Foto Jorge A. Ferreira |
A fazenda e o lago, em 2001, ao lado da linha, em Cabangu. Foto
Jorge A. Ferreira |
A parada em 04/2007. Foto Jonathan Sobral |
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Atualização:
02.06.2020
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