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Cia. Rio-Clarense
(1884-1888)
Rio Claro Railway (1888-1892)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1892-1971)
FEPASA (1971-1998) |
CONDE
DO PINHAL
(antiga COLONIA)
Município de São Carlos, SP |
Linha-tronco - km 195,325 (1958) |
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SP-1113 |
Altitude: 738,732 m |
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Inauguração: 15.10.1884 |
Uso atual: abandonada e em ruínas (2021) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco
da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas,
em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois
continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu
por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos
(1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz
(1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio
Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929),
chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou.
Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros
trafegaram pela linha até março de 2001, nos últimos
anos apenas no trecho Campinas-Araraquara. |
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A ESTAÇÃO: Esta estação
foi inaugurada pela Rio-Clarense, em 1884, com o nome de Colônia.
O nome derivava do fato de junto a ela existir uma das primeiras colônias
de alemães de São Carlos. Ficava em terras do
Conde de Pinhal, Antonio Carlos de Arruda Botelho, um
dos acionistas principais da Rio-Clarense.
Supõe-se que era ali que os trens paravam para que embarcassem
e desembarcassem os moradores da fazenda, da família Arruda
Botelho.
"O Pinhal ia conhecendo novas gerações e novos
tempos. Aproximava-se a Abolição da Escravatura, mas,
antes mesmo de ela ocorrer, Antonio Carlos já havia feito uma
experiência com a utilização de mão-de-obra
de colonos alemães. No Pinhal, os colonos instalaram-se ao
lado da estação da estrada de ferro, que era conhecida
como a Estação da Colônia e que hoje se chama
Conde do Pinhal. Existiam ali, também, duas casas destinadas
a atividades comerciais; eram armazéns pertencentes à
fazenda, que tanto vendiam gêneros, quanto serviam para armazenagem
de sacas de café prontas para o embarque para Santos"
(do livro A Casa do Pinhal, de Margarida Cintra Gordinho, Editora
C. H. Knapp S. C. Ltda, 1985).
A vida na Casa do Pinhal é relatada por um viajante:
"No dia seguinte, dei às gambias e fui de trem à
fazenda do Conde de Pinhal, onde me recebeu amavelmente seu filho,
jurisconsulto, que estava dirigindo a fazenda na ausência do
pai. A sorte favoreceu-me, entretanto, pois o conde
chegou nessa mesma tarde, com toda a família. Nessa fazenda
havia criação de gado, canaviais e cafezais. Os trabalhadores
eram parte escravos, parte colonos italianos. No dia seguinte, apresentei-me
à família, que me acolheu do modo o mais obsequiador.
O conde, apesar de não ser nenhum sabichão, como ele
mesmo dizia, ou exatamente por isso, era um homem franco, muito avisado,
sossegado e sério, benfeitor do seu distrito, com o qual gastara
mito dinheiro, o que aliás pouco influía sobre a sua
grande fortuna. Os filhos eram rapazes ilustrados, modestos e amáveis.
As filhas, sobretudo a mais velha, eram moças encantadoras,
cheias de espírito e talento. De noite, tive ocasião
de as ouvir executar perfeitamente ao piano algumas composições
de mestres alemães" (De um viajante alemão,
Lamberg - do livro A Casa do Pinhal, de Margarida Cintra Gordinho,
Editora C. H. Knapp S. C. Ltda, 1985).
Em 1908, teve seu nome alterado para o atual, Conde do Pinhal,
em homenagem ao dono das terras, falecido em 1901.
Em 1916, com o aumento da bitola da Paulista para 1,60 m, foi construída
uma nova estação, junto à velha e do outro lado da linha, enquanto
a outra ainda seguiu funcionando por algum tempo, do lado "métrico"
da linha (as linhas métrica, antiga, e larga, nova, seguiram paralelas,
de 1916 e 1922).
O prédio atual parece ter sido construído nos anos 1930,
devido ao seu estilo "art-noveau".
A estação fica a 5 quilômetros da sede da fazenda,
que hoje está conservada servindo de museu e também
como pousada, ainda pertencendo aos descendentes do conde, a família
Arruda Botelho.
A estação se encontrava em estado de total abandono e em ruínas
em 2022.
1887
AO LADO: Agencias de correioinstalam-se nas estações de Colonia (Conde do Pinhal) e de Santa Maria (Torrinha) (A Provincia de
S. Paulo, 23/4/1898). |
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1898
AO LADO: O Conde do Pinhal descansava em sua casa da fazenda no interior, descendo na estação de Colonia (que mais tarde tornar-se-ia Conde do Pinhal) (O Estado de
S. Paulo, 7/6/1898). |
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1898
AO LADO: Mudanças na estação de Colonia (que mais tarde tornar-se-ia Conde do Pinhal). Não confundir com a de Visconde do Pinhal, que também aparece na notícia e era o nome antigo da estação de Ibaté (A Provincia de
S. Paulo, 29/12/1898). |
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1913
AO LADO: Problemas com
o correio na estação em 1913 (O Estado de
S. Paulo, 29/4/1913).
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"O
Sr. Dr. Padua Salles, que regressou de sua excursão à
fazenda do Sr. Dr. Carlos Botelho, na estação
da Colonia, trouxe as melhores impressões do magnífico
aspecto que ali apresentam os alfafais e do seu preparo para
ser entregue ao comércio. O Sr. Scecretário da
Agricultura felicitou sinceramente o Sr. Dr. Carlos Botelho
pelo seu notável empreendimento e por ter resolvido pratica
e inteligentemente o problema da cultura daquela importante
forragem no Estado de São Paulo" |
AO LADO: De O Estado
de S. Paulo, 9/11/1909).
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Ney
Galvão da Silva, 1998; Wilson Silva Jr., 2001; Rafael Corrêa,
2008; Antonio Britto, 2009; Margarida Cintra Gordinho: A Casa do Pinhal,
1985; O Estado de S. Paulo, 1909; Cia. Paulista: Relatórios
oficiais, 1892-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Em 1918, a estação antiga. Foto Filemon Peres |
Em maio de 1998, a estação já fechada e
descaracterizada. Foto Ney Galvão da Silva |
Em maio de 1998, a placa da estação. Foto Ney
Galvão da Silva |
A estação continua no abandono, em 02/2001. Foto
Wilson Silva Jr. |
Na depredada cabine de comando, o dístico, em 02/2001.
Foto Wilson Silva Jr. |
O precário acesso à estação, em
02/2001. Foto Wilson Silva Jr. |
Cabine de controle da estação em 12/2008. Foto
Rafael Corrêa |
A estação em 12/2008. Foto Rafael Corrêa
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A estação em ruínas, em 11/12/2021. Foto Murici Tondato |
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Atualização:
12.12.2021
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