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E. F. Centro-Oeste
da Bahia (1900-1913)
Cia. Chemins de Fer Federaux du L'Est Brésilien (1913-1935)
V. F. F. Leste Brasileiro (1935-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PASSAGEM
DOS TEIXEIRAS
Município de Candeias, BA |
Linha tronco - km 26,075 (1960) |
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BA-2566 |
Altitude: 8 m |
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Inauguração: 1900 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A linha Sul,
Mapele-Monte Azul, foi formada pela união das linhas de diversas
ferrovias quase todas originadas no século 19, como a E. F.
Central da Bahia, a E. F. Bahia ao São Francisco, a E. F. de
Santo Amaro e a E. F. Centro-Oeste da Bahia, que, quando finalmente
unidas sob o nome de Viação Férrea Federal do
Leste Brasileiro (VFFLB) entre 1935 e 1939, tiveram suas linhas unidas
e prolongadas de forma a, em 1951, ligarem Salvador e Mapele à
localidade mineira de Monte Azul, ponta dos trilhos da E. F. Central
do Brasil. Trens de passageiros passaram pelos seus diversos pedaços
desde cada uma de suas origens até a linha completa, desaparecendo
em 1979, quando somente faziam o trecho Iaçu-Monte Azul, no
sul, e até o início dos anos 1980 entre Mapele e Candeias.
Hoje a linha é utilizada apenas por trens cargueiros, que sofrem
para passar pelo gargalo do rio Paraguassu. |
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A ESTAÇÃO: "Foi
com a criação das usinas de açúcar que
começou o processo de concentração da propriedade
na região provocando o abandono das antigas sedes dos engenhos
incorporados. As Usinas Passagem e São Carlos, que mais tarde
se fundiriam, incorporaram por exemplo, os engenhos de Passagem, Velho
Botelho, Subaé, Cazumba". A estação
de Passagem foi aberta em 1900, então como ponta de
linha, no que viria a ser o ramal de Água Comprida (hoje
Simões Filho) a Buranhem (*Nota do autor:
O Guia Geral de 1960 afirma que a estação foi
aberta em 15.09.1905), pela então E. F. Centro Oeste da
Bahia. Em 1908, o ramal teria sido completado até Buranhem,
depois de modificações no traçado original do
plano. A partir de 1948, passou a fazer parte da linha Sul,
com a união das estações de Santo Amaro,
Afligidos e Conceição da Feira. Passagem
passou a ser alcançada a partir de Mapele e não
mais de Água Comprida (hoje Simões Filho).
"A partir de 1947, com o começo da exploração
do petróleo na região, inicia-se o processo de industrialização
na banda oriental do Recôncavo. Em setembro de 1950, entrou
em funcionamento a Refinaria de Mataripe. Em 1967, criou-se o Centro
Industrial de Aratu (CIA), nos municípios de Simões
Filho e Candeias, e após sete anos de trabalho, inaugurou-se
o Complexo Petroquímico de Camaçari. Estas novas atividades
introduziram profundas mudanças sócio-econômicas
na região, atingindo primeiro a pequena lavoura de subsistência
para em seguida afetar o que restou da agroindústria açucareira.
Nas áreas
desapropriadas pela Petrobrás são criadas extensas
florestas de eucaliptos e pinheiros para produção de
carvão vegetal. Plantações de bambú se
expandem para atender a demanda das fábricas de papel. A paisagem
do Recôncavo se transforma e os canaviais se restringem a pequenas
áreas. Com a desapropriação de grande glebas
para a implantação de projetos industriais estes edifícios
são, de forma definitiva, abandonados. Não é
cogitado o reaproveitamento desse monumentos dentro do programa de
desenvolvimento industrial da região, e arruinam-se, deste
modo, conjuntos monumentais como o de Passagem dos Teixeiras, dentre
outros". Já houve tempos em que o trem de subúrbios
chegava a Candeias, o que parece ter ocorrido até os
anos 1980. O Guia Levi de 1978 mostra um trem Salvador-Candeias,
com dois horários. A estação, depois chamada
de Passagem dos Teixeiras, já foi demolida. Segundo
os moradores do local, um distrito rural de Candeias às
margens da rodovia BR-324, ela teria sido demolida no início
dos anos 1990. Hoje sobram apenas restos da plataforma quase que totalmente
cobertos pelo matagal. Próximos a ela, sítios pobres,
com construções humildes e pomares cheios de cajazeiras,
mangueiras e jambeiros, convivendo com cabritos e jegues. A vila é
muito pequena; a maior parte fica na parte alta perto da estrada,
enquanto que para chegar à linha há que se descer um
caminho no meio dos sítios. O que há de mais bonito
e antigo é a pequena igreja, de nome Nossa Senhora do Nazaré,
construída de frente para a baía de Aratu, que
se vê ao longe. Na verdade, como dito mais acima, ali existia
um engenho de açúcar que foi quase todo destruído
e está em ruínas, com exceção da bela
igrejinha e de uma casa.
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2005;
Paulo Ormindo David de Azevedo, 1978; Revista Ferroviária,
agosto de 1965; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Guias Levi, 1932-84; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Na foto tirada no sentido de Mapele, a estação
ficava à esquerda, em primeiro plano. Foto Ralph M. Giesbrecht,
em 16/01/2005 |
Com visão mais aguçada, pode-se ver os restos
da estação à esquerda. Foto Ralph M. Giesbrecht,
em 16/01/2005 |
A bela igreja dando frente para a Baía de Aratu, lá
embaixo. Foto Ralph M. Giesbrecht, em 16/01/2005 |
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Atualização:
21.06.2014
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