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Batista Botelho
Bernardino de Campos
Luiz Pinto
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Saída para o ramal de Santa Cruz do Rio Pardo (1908-1966):
Sodrélia
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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E. F. Sorocabana
(1908-1971)
FEPASA (1971-1998) |
BERNARDINO
DE CAMPOS
Município de Bernardino de Campos,
SP |
Linha-tronco - km 463,080 (1924);
km 450,675 (1934); km 402,742 (1960) (*) |
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SP-1010 |
Altitude: 675,400 m |
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Inauguração: 06.04.1908 |
Uso atual: sede da Câmara Municipal (2018) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1939 |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Bernardino de Campos foi inaugurada em 1908. O ex-presidente
(governador) paulista que deu o nome à estação
ainda era vivo e somente faleceria em janeiro de 1915.
Já em 27/11/1909, o jornal O Estado de S. Paulo noticiava a
criação de uma agência postal em Bernardino
de Campos.
Entre 1908 e 1966 dali saía o ramal de Santa Cruz do Rio Pardo,
projetado inicialmente para atingir o rio Paraná na altura do rio
do Peixe, mas que nunca passou de Santa Cruz.
Em 1939, o prédio original da estação foi substituído por um mais
moderno, o atual. Porém, pelo menos por algum tempo, a antiga
estação continuou por ali, à frente da plataforma
da atual. Não sei se ainda está ali.
Em 1945, a cidade já tinha problemas com a falta de passagens
de nível: "Bernardino de Campos é uma
pequena cidade da Sorocabana, mas próspera e movimentada. Nem
por isso sente menos o atravancamento da rua Santa Catarina pelas
porteiras fechadas da Sorocabana, quase sempre - o que é pior
- para demoradas e repetidas manobras de composições
de carga. Poderiam a Prefeitura e a Sorocabana estudar com boa vontade
essa questão? É o que o povo de Bernardino de Campos
espera" (Folha da Manhã, 19/5/1945).
Próximo à estação, em 1953, ocorreu um
acidente fatal: "O acidente (uma explosão da caldeira da locomotiva)
ocorreu por volta de 23h30 do dia 12 de setembro de 1953, no quilômetro
454 da Estrada de Ferro Sorocabana, em Bernardino de Campos, de onde
saía um ramal para Santa Cruz do Rio Pardo.
Foi o maior desastre já ocorrido naquela época. O maquinista Paulo
Rodrigues e o foguista José Cardoso Barbosa foram arremessados longe,
junto das ferragens da locomotiva, e morreram na
hora. A locomotiva número 1001 vinha de Ourinhos e puxava 29 vagões
de carga. A explosão
ocorreu em pleno curso. No inquérito policial
da delegacia de polícia de Bernardino de Campos, o acidente é narrado
em tons literários. 'Em pleno curso a locomotiva explodiu,
arremessando seus ocupantes e todas ferragens à grande distância,
num troar surdo e sinistro. O guarda-trem Antonio Souza Santos e seus
companheiros, os ajudante José Benedito Costa e Joaquim Pires, aos
poucos se juntaram e, na noite fechada e de ventania, procuraram seus
colegas que aos brados os chamavam'. Como relata o delegado da época,
vários carros ficaram 'estraçalhados' e sacos de trigo, cal e ferragens
se espalharam pelo chão. Foram encontradas ferragens da máquina num
raio de 200 a 300 metros. A caldeira estava às margens, virada
em sentido contrário e cerca de 40 metros do local da explosão. Os
corpos do maquinista e foguista foram encontrados a 200 metros do
local. Os trilhos ficaram retorcidos devido à força da explosão que
queimou parte do cafezal pelo calor da água da caldeira. Havia fragmentos
da locomotiva retorcida em ambas as margens, com a caldeira arremessada
de um lado e o tender de outro, numa poça de óleo" (Jornal
"O Debate", dezembro de 2007, Santa Cruz do Rio Pardo).
O último trem de passageiros passou pela estação em 16 de janeiro
de 1999, quando foi suprimido pela Ferroban, sucessora da Fepasa.
Em 2001,a estação era uma fábrica de camisas
e também tem um posto de atendimento do AAA. Várias
janelas estavam lacradas e também a porta de acesso do prédio
à plataforma. Havia também uma pequena casinha, a cem
metros à frente da estação, que tinha um vagão
desativado servindo também como residência, à
sua frente, num desvio abandonado.
Em 2010, abrigava órgãos da prefeitura. Em 2018 era a sede da Câmara Municipal.
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AO
LADO: Quem foi Bernardino de Campos (Folha de S. Paulo,
anos 1960).
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1923
AO LADO: A partir de agora, trens diarios entre Bernardino
de Campos e Paragauassu (O Estado de S. Paulo, 19/5/1923).
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1926
AO LADO: Inaugurações
de melhorias na estação de Bernardino de Campos
(O Estado de S. Paulo, 14/9/1926).
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OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1934 - Construção de armazém; construção
de casa de turma para três famílias; construção
de guarita para o guarda-passagem; desmontagem do hidrante
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1939
AO
LADO: A cidade de Bernardino de Campos em 1939 (O Estado
de S. Paulo, 19/12/1939).
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1940/1
AO
LADO: Movimento da estação no ano de 1940 (O Estado
de S. Paulo, 19/12/1939). |
ACIMA: Ah, os bons tempos!!!! Bilhete para
ir de Bernardino de Campos a Cerqueira Cesar em primeira classe, provavelmente
nos anos 1940.
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1946
AO LADO: Parecer para a desapropriação de um terreno junto à estação para a construção de um novo triângulo. Não consegui encontrar algo que confirmasse a execução da obra citada - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO AUMENTADO (Diario Oficial de São Paulo, parecer 553, de 1946). |
ACIMA: Fotografias do acidente de 1953
próximo a Bernardino de Campos (Fotos publicadas no jornal
O Debate, em 12/2007).
ACIMA: Elétrica da FEPASA em frente à estação
em 1997 (Foto Sergio Salgado).
ACIMA: Na plataforma da estação pintada com cenas
infantis em 2010, o dístico com o nome ainda segue a
linha dos anos 1930. Muito bonitas letras (Foto Ralph M. Giesbrecht
em 29/12/2010).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa
local; Sergio Salgado; Carlos R. Almeida; Antonio Rapette; Museu da
Cia. Paulista, Jundiaí; O Debate, 2007; O Estado de S. Paulo,
1923, 1926 e 1939; Folha da Manhã, 1945; Folha de S. Paulo,
6/9/1961; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1875-1969; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação antiga de Bernardino de Campos, em foto
sem data (anos 1930?). Foto cedida por Antonio Rapette |
A estação apinhada de gente, c. 1960. Note que
ainda não existe a eletrificação no trecho.
Foto dos arquivos do Museu da Cia. Paulista, Jundiaí |
A estação em 26/4/1996. Foto Carlos R. Almeida |
Armazém ao lado da estação, em 22/10/2000.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
Plataforma deserta da estação, em 22/10/2000.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
Fachada da estação (22/10/2000). Foto Ralph M.
Giesbrecht |
A fachada em 29/12/2010. Pouco mudou em 10 anos . Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A plataforma em 29/12/2010, pintada com ridículos desenhos
infantis. Foto Ralph M. Giesbrecht |
Em 17/9/2018, já pintada decentemente e como Camara. Foto Derby S. |
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Atualização:
19.10.2022
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