Subúrbios de Belo
Horizonte (1): BH - Rio Acima (Minas Gerais) |
Central do
Brasil
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Trens metropolitanos de passageiros operado pela Central e mais tarde pela Rede Ferroviária Federal e ainda pela CBTU, entre os anos 1950 e 1996, ligando a estação de Belo Horizonte a diversas estações e cidades no seu entorno, e que variaram de percurso de acordo com a época e mesmo com as linhas, da Central e da RMV, que foram se alterando ou se juntando com o tempo ao redor e dentro da cidade. Algumas linhas trafegavam em bitola larga, outras na métrica e com o tempo, em ambas, com a implantação da bitola mista em alguns desses trechos. Finalmente, com a chegada do chamado Demetrô, nos anos 1990, passaram a ser chamados de metrôs, tendo sido as velhas estações abandonadas ou demolidas e substituídas por estações modernas e linhas totalmente novas, que não substituíram as "velhas", em parte ainda usadas pelos cargueiros que passam pela região em grande número. Um desses trens de subúrbio - nome "antigo" dos trens metropolitanos - foi o que seguia para Rio Acima, cidade da área metropolitana de BH. |
Percurso:
Belo Horizonte - Rio Acima, via ramal de Belo Horizonte (BH-General
Carneiro) e Linha do Centro, ao sul, chegando em épocas mais
remotas até Lafaiette. Origem da linha: A linha do Centro, que tinha bitola mista a partir de Lafaiete (do Rio de Janeiro até ali era larga) e dali para o norte bitola mista até Esperança e para a frente, apenas métrica, foi aberta, a partir de Lafaiete, pela E. F. Dom Pedro II e depois Central do Brasil, de 1883 até 1895, quando atingiu General Carneiro dali lançando o ramal à cidade de Minas (Belo Horizonte) no mesmo ano. Bilhete de subúrbio da linha BH-Rio acima, em 1980 (Acervo desconhecido). |
Comentários:
A definição de trens de subúrbio, ou metropolitanos,
não é tão precisa para que se possa afirmar realmente
quando começou
o serviço de trens de subúrbio que ligou a
estação de Belo Horizonte à de Rio Acima. O fato
é que, segundo os guias, em 1932 havia três trens diários
de BH para Lafaiette, numa extensão até comprida para
um subúrbio, de cerca de quase 150 quilômetros. Poderia
ser este considerado um subúrbio? Era um trem parador, que
parava em todas as estações intermediárias, incluindo
Rio Acima, havendo ainda 5 trens para Raposos e um para General Carneiro.
O fato é que, ainda a se acreditar nos guias, o trajeto até
1960 variou muito, com trens indo até Raposos, até Sabará,
ou até Siderúrgica (já no ramal de Nova Era),
chegando a sete-oito trens diários com diferentes percursos,
mas não mais atingindo Rio Acima, que ficava duas estações
acima de Raposos. A estação,
então, somente era atingida por trens de longo percurso que
paravam na estação com poucos horários diários.
Somente no final dos anos 1950 voltam os trens para Rio Acima, e para
ficar, até 1996, quando veio a privatização.
A Revista Ferrovia no. 66, de mai/jun de 1979, conta sobre uma das
modernizações (talvez a única) ocorrida nesse
ano: "A Superintendência Regional da RFFSA em Belo Horizonte
colocou recentemente em tráfego modernos e confortáveis carros de
subúrbio, na linha BH-Rio Acima. São vagões (sic) de passageiros,
construídos pela indústria nacional, totalmente de aço, com
janelas de estrutura de aço e com vidros blindados. O transporte de
passageiros na Região Metropolitana de Belo Horizonte era feito em
carros de madeira, de estrutura mista. Outra medida foi a da total
revisão de horários e do aumento de trens nos horários de maior afluência,
visando atender melhor à demanda crescente desse tipo de transporte.
Procurou-se, também, melhorar o aspecto e a limpeza dos carros existentes,
assim como das estações. Com a entrada em circulação dos novos carros,
a Regional espera aumentar a sua capacidade de transporte de passageiros,
(de 3.000 por dia) atingindo até o final do corrente ano (1979) a
meta de 11 mil passageiros por dia. (...) No trecho BH-Rio Acima,
incluindo-se os domingos, a circulação é de 14 composições por dia."
O trem de subúrbio mineiro chegou a conviver com o metrô,
e a estação do Horto, por exemplo, era uma das estações
escolhidas para se fazer conezão entre as linhas dos dois sistemas.
Em 1o de setembro de 1996, Rio Acima foi "tirada do mapa"
dos trens de subúrbio e de passageiros em geral, tanto que
a estação |
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