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Taunay
Marcílio Dias
Três Barras
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Saída do ramal de Canoinhas (1930-1976): Canoinhas
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2008
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C. E. F. São
Paulo-Rio Grande (1913-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1996) |
MARCÍLIO
DIAS
(antiga CANOINHAS)
Município de Canoinhas, SC |
Linha de S. Francisco - km 326,288
(1936) |
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SC-0668 |
Altitude: 764 m |
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Inauguração: 01.04.1913 |
Uso atual: restauração entregue em 2021 |
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com trilhos |
Data de abertura do prédio atual:
1913 |
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A LINHA: A linha
do São Francisco teve o primeiro trecho entregue pela E. F.
São Paulo-Rio Grande em 1906, ligando o porto de São
Francisco (hoje do Sul) a Joinville. Em 1910, a linha foi prolongada
até Hansa (Corupá), em 1913 até Tres Barras,
e finalmente em 1917 atinge Porto União da Vitória,
de onde deveria continuar até atingir Foa do Iguaçu,
Este último trecho jamais foi construído. A linha se
entronca com o Tronco Sul em Mafra e com a antiga Itararé-Uruguai
em Porto União da Vitória. O último trem de passageiros,
na verdade uma litorina diária, passou pelo trecho entre Corupá
e São Francisco do Sul em janeiro de 1991. O trem misto que
servia à linha já não existia desde 1985. Depois
disso, apenas alguns trens a vapor turísticos da ABPF têm
percorrido a linha, principalmente na região de Rio Negrinho.
O trecho entre Mafra e Porto União esteve durante anos abandonado,
tendo sido recuperado durante o ano de 2004, mas continua com o tráfego
muito escasso. Já o trecho entre Mafra e São Francisco
tem grande movimento de cargueiros da concessionária ALL. |
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HISTÓRICO DA ESTAÇÃO:
Esta era a estação original de Canoinhas, aberta
em 1913.
Foi esta estação uma das atacadas e incendiadas durante
a guerra do Contestado, nesse mesmo ano. Esta estação,
junto com mais cinco da linha e sucessivas a esta, foi
invadida durante as escaramuças do Coronel Fabrício
e seus bandoleiros, que queriam a criação do Estado
do Iguaçu, compreendendo a zona do antigo Contestado, em 1927
e 1928.
Com a abertura do curto ramal de Canoinhas, em 1930, ela passou
o entroncamento com esse ramal, e teve alterado o seu nome para Marcílio
Dias, em homenagem ao marinheiro gaúcho, herói da
Guerra do Paraguai, que morreu
enrolado na bandeira do Brasil para não ter de entregá-la
aos paraguaios, na batalha do Riachuelo, em
1865.
A nova estação de Canoinhas passou a ser
a da ponta do ramal. O ramal foi desativado para passageiros no final
dos anos 1960 e desativado definitivamente em 1976.
Marcílio Dias é um povoado e distrito de Canoinhas
colonizado por alemães e, a 4 km do centro da cidade, é mais
antigo que a sede do município. Nele ainda nota-se a presença
de arquitetura em madeira e no estilo enxaimel. Há grande produção
de manteiga e derivados do leite por vários proprietários que possuem
rebanhos bovinos da raça holandesa.
A estação, em 2016, servia de moradia e estava em mau
estado. a seguir, foi abandonada, até que em setembro de 2021, depoius anos de abandono, a estação foi reaberta restaurada para abrigar inicialmente um museu e uma área de ações culturais (segundo Haroldo Meira em 5/8/2021).
ACIMA: Durante a Guerra do Contestado (1912-16),
tropas governistas partem da estação então chamada
de Canoinhas para atacar os rebeldes no interior de Santa Catarina.
Nesta época, Canoinhas era município paranaense. E a
banda tocava... (Acervo Nilson Rodrigues).
ACIMA: Mapa da
parte norte do município de Canoinhas, onde se encontravam
todas as estações da linha do São Francisco.
A de Marcílio Dias está no centro, um pouco afastada
do rio Negro, e na época ainda era o ponto de saída
do ramal de Canoinhas que seguia para a cidade. Notar que o mapa ainda
incluía o distrito de Três Barras, mais tarde elevado
a município (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
IBGE, vol. XI, 1960, p. 233).
ACIMA e ABAIXO: Estação de Marcilio
Dias, provavelmente anos 1970 (Acervo José Chichowicz).
ACIMA: Pátio da estação de Marcilio Dias, provavelmente anos 1970-80 (Acervo Irene Chichowitz).
"Três
prédios sobram da estação de Marcílio
Dias, no interior do município de Canoinhas. O primeiro (o
armazém),
erguido em tijolos, está totalmente abandonado.
As aberturas foram arrancadas. O segundo, em madeira amarela
e vermelha, ocupado por uma família que diz ter a permissão
da prefeitura para viver ali. O terceiro, em madeira cinza,
mantém o aviso: ponto de almoço/restaurante. Outra
placa identifica a estação e conserva o alerta:
proibida a permanência de pessoas estranhas na plataforma.
Símbolo de normas de segurança ao patrimônio
e à vida. Os avisos foram superados com o tempo. Não
existem mais passageiros, viajantes, transeuntes, só
cachorros sarnentos. Os trilhos estão cobertos pelo mato
alto. Sônia Sachetti é assessora administrativa
da prefeitura de Canoinhas e informa que o município
encaminhou um projeto de restauração da estação
para o governo estadual" (Diário Catarinense, 28/07/2002). |
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ACIMA: Ao alto e no meio, o restaurante,
em 2002 e 2004 (Fotos Nivaldo Klein e Nilson Rodrigues). Em
baixo, o armazém, em 2002 (Foto Nivaldo Klein). |
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ACIMA: Lado da plataforma da ex-estação
em 13/11/2016. Foto Vitor Hugo Langaro).
ACIMA: A estação restaurada em 12/09/2021 (Foto Fatima Santos).
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TRENS
- Os trens de passageiros pararam nesta estação
de 1913 a 1983. Ao lado, passagem do trem na época da
RFFSA. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses
trens. Veja aqui horários
em 1948 . Também paravam aqui trens do ramal de Canoinhas
entre 1930 e 1970 (Guias Levi). |
(Fontes: Vitor Hugo Langaro; Nivaldo Klein;
José Chichowicz; Nilson Rodrigues; Correio dos Ferroviários,
1972; www.canoinhasonline. com.br; IBGE: Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1960; RVPSC: Horário de Trens de Passageiros e
Cargas, 1936) |
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A estação, ainda chamada de Canoinhas, sem data.
Autor desconhecido |
A estação, em 1972. Foto da revista Correio
dos Ferroviários |
A estação em 2001. www.canoinhasonline. com.br |
A estação de Marcílio Dias, em 2002. Foto
Nivaldo Klein |
A estação de Marcílio Dias, em 13/11/2016.
Foto Vitor Hugo Langaro |
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Atualização:
10.09.2021
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