|
|
Southern
Brazilian R. G. do Sul Ry. Co. Ltd. (1884-1905)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1905-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-anos 1980) |
JUNÇÃO
Município
de Rio Grande, RS |
Linha Cacequi-Maritima-km
1.110,725 (1960) |
|
RS-0714 |
|
|
Inauguração: 02.12.1884 |
Uso atual: moradia |
|
sem
trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1884
|
|
HISTORICO
DA LINHA: A linha foi construída em partes: pela Southern Brazilian
Rio Grande do Sul Railway Company Limited, sucessora de uma série
de concessões anteriores, a Bagé-Marítima, em
1884. De Cacequi a São Gabriel, em meados de 1896 e de São
Sebastião a Bagé, no final do mesmo ano, ambos pela
pela E. F. Porto Alegre-Uruguaiana. Em 1900, a união São
Sebastião-São Gabriel completaria o trecho Bagé-Rio
Grande. Era uma linha de grande utilidade pois transportava gado e
charque para o porto do Rio Grande, apesar de, no final do século
19, ter baixo movimento por causa dos altos preços do frete,
dos maus serviços e da interrupção do serviço
dos trens pela Revolução Federalista. Os trens de passageiros
partiam de Livramento, em outra linha, chegavam a Cacequi e dali até
Bagé. Em Bagé, havia que se trocar de trem para chegar
a Rio Grande. Uma série de variantes foi entregue entre 1968
e os anos 1980 - Pedras Altas, Três Estradas, Pedro Osório,
Pelotas - que encurtaram e melhoraram seu traçado, eliminando
diversas das estações originais. Até 1982 as
linhas ainda transportavam passageiros, quando o serviço foi
interrompido devido ao desabamento de uma ponte em Pedro Osorio; uma
nova linha foi construída logo depois. O transporte de passageiros
retornou algum tempo depois mas com trens mistos, que duraram até
meados dos anos 1990. |
|
A ESTAÇÃO:
A estação de Junção foi inaugurada
em 1884. Dali saía o ramal de Cassino, ligando à
Vila Siqueira, balneário antigo. No início dos
anos 1980 uma variante tirou a linha da cidade e da estação.
"Hoje conversei com o sr. Roberto Gomes, morador da estação
ferroviária da Junção. Ele é um ex-ferroviário e trabalhava em equipe
de conserto de vagões, máquinas, etc. O sr Roberto é uma pessoa humilde
e parece sentir muitas saudades do tempo em que trabalhava nas ferrovias.
A estação, hoje muito descaracterizada, teve algumas portas e janelas
trocadas. O forro foi rebaixado mas ele me disse que o original continua
no mesmo lugar. Difícil tirar uma foto boa, pois ao redor do prédio
há outras construções desalinhadas. Então ele foi me dizendo
o que era original e fui fazendo fotos, dos detalhes. Também a cor
das paredes foi modificada. Os trilhos foram arrancados. Mora na estação
com sua família há mais de vinte anos. Ele disse que quando foi morar
na estação teve que assinar um compromisso de manutenção, o que não
está podendo cumprir muito bem, porque os cupins tomam conta e ele
tem que reformar as partes danificadas a seu modo.As paredes são de
alvenaria. Ele me emprestou algumas fotos com sua equipe de trabalho,
para copiar. Também me disse que a estação tinha plataforma dos dois
lados: de um lado passavam os trens que iam para Pelotas e de outro,
o que ia para o Cassino. O prédio tem um andar, com cobertura
sobre a plataforma." (Marília Almeida, Rio
Grande, RS, em 05/2004) A estação está hoje na
linha desativada, ou ao lado de seu antigo leito, para a antiga estação
de Rio Grande, junto ao porto velho. (Fontes: Guias
Levi, 1940-1981; Revista Refesa, maio-jun 1968;
Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE,
2002) |
|
|
|
|
|
|
|
Atualização:
07.08.2005
|
|