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V. F. Rio Grande
do Sul (1932-1975)
RFFSA (1975-1994) |
JAGUARÃO
Município de Jaguarão, RS |
Ramal de Jaguarão - km 1.103,194
(1960) |
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RS-0663 |
Altitude: - |
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Inauguração: 25.03.1932 |
Uso atual: fechada (2016) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1932? |
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HISTORICO DA LINHA: O
ramal de Jaguarão foi aberto em 1932 para unir a estação
de Basílio, na linha de Cacequi ao Rio Grande, ao Uruguai,
depois de cruzar a ponte internacional sobre o rio Jaguarão.
Por ali podia-se seguir para Montevideo de trem. A linha foi totalmente
desativada por volta de 1979. Os trilhos foram arrancados, exceto
no trecho entre Jaguarão e o rio Uruguai. Quando veio a supressão
oficial do ramal em 1994, a linha já era uma saudade havia
muitos anos. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Jaguarão foi inaugurada em 1932 como ponta de linha
do ramal de Jaguarão.
Da estação os trilhos continuavam até a cidade
de Rio Branco, no Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional
(Ponte Mauá) com trilhos de bitola dupla, correspondente à
métrica brasileira e a bitola uruguaia, esta de 1,44 m.
Em 1942, construiu-se um prolongamento para uma nova estação
no abrigo de Polinício, próximo à estação
para alojar os viajantes, na subida norte para a ponte internacional.
A partir deste ano, era dali que o trem seguia para a ponte. O trem
uruguaio de conexão até Montevideo esperava no meio da ponte,
na chamada parada Ponte Mauá.
Por muito tempo houve uma automotriz diesel (litorina) correndo no
trecho Ponte Mauá - Montevideo, depois a AFE uruguaia passou
a usar os trens diesel Ganz-Mávag (húngaros). Segundo se conta,
os trens brasileiros entravam na estação de Rio Branco,
no Uruguai e do outro lado da ponte, para a baldeação.
No ano 1960 existiu uma litorina rápida ligando Rio Grande
(só às 3as, 5as e sábados) em exatamente 5 horas até Polinicio
(239 km) com poucas paradas nesse trajeto, possibilitando uma baldeação
imediata até e desde Montevideu, pela então RFFSA, onde era
chamado de "Rápido Rio Grande-Montevideu".
Até 2005 a linha da bitola 1,435 m atravessava a fronteira e chegava
até à estação de Jaguarão. Era pouca carga, em geral arroz
da região de Vergara e Treinta y Tres, a 200 km da fronteira,
no Uruguai. Porém, a partir deste ano, problemas estruturais
na ponte impediram os trens uruguaios de atravessá-la, tendo
cessado o seu tráfego.
A estação de Jaguarão passou a pertencer à cidade depois de
sua desativação, e, os trilhos, à AFE uruguaia, que
contínuavam por alguns centenas de metros no leito da antiga linha
métrica brasileira erradicada.
"Quando foi que partiu o último trem de Jaguarão? Que maquinista
teve a sina do adeus? Adeus a Deus... aos deuses... Vulcano, não foi
de tuas forjas que saíram os trilhos abandonados dos homens? Ou os
bordados de ferro do portão da enfermaria? A História se enferruja;
a epidemia do abandono varreu tudo, como um vento frio de inverno.
O verde do limo se derrama pelo teu rosto como uma lágrima, ó estação
abandonada. Na tua cabeça de telhas, meteoros da maldição fizeram
buracos que só servem para a luz mostrar a escuridão. Tuas portas
já não servem para nada. Quantos entraram e saíram, ó portal do espaço,
chegados e partidos em viagem pela avenida dos trilhos? As perguntas
não têm respostas, porque é preciso coragem para responder. Porque
a resposta é ''Vergonha!'' A vergonha de abandonar o mundo de nossos
antepassados, porque ele ficou velho. A vergonha de não ter olhos
para as raízes, a alma da cidade. Por isso, a fotografia incomoda.
Implacável, Nádia tira o véu que cobre as vergonhas nossas - aquilo
que fizemos ou permitimos fazer com a alma de nossas cidades. Nossos
monumentos - testemunhas do passado, como a estação e a enfermaria
de Jaguarão" (Alexandre Garcia, jornalista, 29/09/1999).
Em 2011, o prédio estava servindo como sede para uma loja maçônica.
As portas traseiras haviam sido lacradas e o prédio externamente
(mal) repintado. Os trilhos da bitola de 1,44 continuavam lá,
debaixo de mato.
(Veja também POLINÍCIO)
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1924
AO LADO: Propostas para a
ponte internacional de Jaguarão (O Estado de S. Paulo,
23/10/1924).
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1931
AO LADO: Trilhos chegam a Jaguarão (O Estado de S. Paulo,
17/7/1931). |
ACIMA: Ponte de Jaguarão em 1938 (Revista do IHGRS, 1938).
ACIMA: Uma diesel Alsthon 822 da AFE uruguaia
no pátio de Jaguarão, em 16/12/1994 (Foto Alfredo Rodrigues).
ACIMA: Trilhos da AFE uruguaia (bitola de 1,44 m) em Jaguarão, em 2008.
Estes trilhos vão até o pátio da ex-estação de Jaguarão da VFRGS.
Com a suspensão do tráfego de trens na ponte Mauá, os trilhos
estão virando canteiro central. Como curiosidade: no fim desta rua
há uma curva a direita e em seguida é o início da rodovia BR-116
(Texto e foto de Alfredo Rodrigues, 31/5/2008).
(Fontes: Alfredo
Rodrigues; Alejandro Polvorines; Samuel Rachdi; Coaraci Camargo; Alexandre
Garcia; VFRGS: Relatórios, 1920-68; IPHAE:
Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; http://turismoemjaguaraors
.blogspot.com; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias
Levi, 1932-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação e o aguardo do trem da VFRGS. http://turismoemjaguaraors
.blogspot.com |
A estação de Jaguarão, c. 2002. Fotos Alfredo
Rodrigues
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A
estação de Jaguarão, c. 2002. Fotos Alfredo
Rodrigues |
A estação de Jaguarão, c. 2002. Fotos Alfredo
Rodrigues |
A estação de Jaguarão, c. 2002. Fotos Alfredo
Rodrigues |
Estação de Jaguarão em 13/11/2011. Fotos
Alfredo Rodrigues |
Estação de Jaguarão, em 29/1/2016. Foto
Alejandro Polvorines |
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Atualização:
11.03.2019
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