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Rede de Viação
Paraná-Santa Catarina (1950-1975)
RFFSA (1975-1996) |
CERRO
PELADO -NOVA
Município de Porto União, SC |
linha Itararé-Uruguai - km 553
(1960) |
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SC-0468 |
Altitude: 1.104 m |
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Inauguração: 14.03.1950 |
Uso atual: em ruinas (2015) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1950 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Itararé-Uruguai, a linha-tronco da RVPSC, teve a sua
construção iniciada em 1896 e o seu primeiro trecho
aberto em 1900, entre Piraí do Sul e Rebouças, entroncando-se
em Ponta Grossa com a E. F. Paraná. Em 1909 já se entroncava
em Itararé, seu quilômetro zero, em São Paulo,
com o ramal de Itararé, da Sorocabana. Ao sul, atingiu União
da Vitória em 1905 e Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul,
divisa com Santa Catarina, em 1910. Trens de passageiros, inclusive
o famoso Trem Internacional São Paulo-Montevideo, este entre
1943 e 1954, passaram anos por sua linha. Os últimos trens
de passageiros, já trens mistos, passaram na região
de Ponta Grossa em 1983. Em 1994, o trecho Itararé-Jaguariaíva
foi erradicado. Em 1995, o trecho Engenheiro Gutierrez-Porto União
também o foi. O trecho Porto União-Marcelino Ramos somente
é utilizado hoje eventualmente por trens turísticos
de periodicidade irregular e trens de capina da ALL. O trecho Jaguariaíva-Eng.
Gutierrez ainda tem movimento de cargueiros da ALL. |
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HISTÓRICO DA ESTAÇÃO:
A estação de Cerro Pelado-nova foi inaugurada
em 1950, juntamente com a variante do morro de São João
(Porto União da Vitória-Matos Costa) e substituiu
a antiga estação de Cerro Pelado, na linha original.
A variante, que substituiu o trecho original da E. F. São Paulo-Rio
Grande, de 1908, é uma subida constante com seis túneis: a
estação de Porto União da Vitória está
a mais de 650 m e a de Matos Costa a mais de 1100 m. Essa linha
levou mais de dez anos para ser entregue ao tráfego.
A estação e a vila ferroviária, como várias
outras do trecho, nunca cresceram mais nada além disso, e em
2004 estvam abandonadas, depois de terem servido de moradia.
"As casas da RVPSC no chamado trecho-novo entre Mattos Costa
e Porto União, na estação de Cerro Pelado, foram construidas em local
bem distante da estação. Há dois motivos: o local proximo à estação
nova era muito acidentado, e ainda o local onde você vê a estrada
de terra, era o antigo leito, que se cruzava com o velho aí. Como
o leito velho ainda funcionava quando foram construidas as casas,
tiveram que fazer meio longe" (Nilson Rodrigues, 05/2007).
(Veja também CERRO PELADO)
Maria
Fernandes dos Santos, nove anos, mora numa casa caindo
aos pedaços. Faz cinco anos que sua família
vive na estação de Cerro Pelado, (próxima
à) divisa de Porto União com Matos
Costa. Maria é uma linda menina, maltratada pela
miséria. A mãe, o padastro e os agregados da
família dependem de roçados e do corte da erva-mate.
Enquanto os adultos trabalham, Maria vira chefe de família.
Os seus belos olhos azuis, única herança do
avô descendente de alemães, não vêem
trens passar por ali. Arregala-se quando um carro cruza a
estrada de chão que conduz à velha estação.
"Quase ninguém vem aqui", diz (Diário
Catarinense, 27/07/2002).
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TRENS
- De acordo com os guias de horários e fontes diversas,
trens de passageiros pararam nesta estação de
1950 a 1983. Veja aqui horários
em 1964 (Guias Levi). |
(Fontes: Nilson Rodrigues; Elvis Pfutzenreiter; Diario
Catarinense, 2002; RVPSC: Relatórios anuais, 1930-60; IBGE,
1957; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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Atualização:
20.01.2023
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