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E. F. Central do
Brasil (1896-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PRUDENTE
DE MORAIS
Município de Prudente de Morais, MG |
Linha do Centro - km 672,000 (1928) |
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MG-0519 |
Altitude: 733 m |
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Inauguração: 14.09.1896 |
Uso atual: estação da FCA (2010) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Prudente de Morais foi inaugurada em 1896, na localidade
de Cercado ou Lagoa do Cercado.
Pelo que consta, a estação sempre teve
o nome do presidente Prudente de Morais, que governava o País,
na época.
Leia sobre a explosão
de fogos no trem entre Sete Lagoas e Prudente de Moraes em 1925
- Folha da Manhã, 9/8/1925
Em 1985, a RFFSA informava no boletim "Conheça a sua
ferrovia" que nesta estação se executava o
carregamento de cal, ferro gusa e calcário em gôndolas
tipo GFD na média mensal de 30.000 toneladas para os seguinte
clientes: Cia. Vale do Rio Doce, Vetorial, Della Volpe e Cimetal.
Em 2009 era ainda uma estação operacional da FCA. Havia
ali ainda um chafariz - muito comuns na linha do sertão da EFCB, onde
água potável era escassa. A não ser a torneira, que era de
plástico nesta época, fico imaginando a torneira fundida em
bronze, que muito tempo atrás o adornava, pois o chafariz estava tal
e qual foi construído, há mais de um século. A placa da restauração
de 1988/9 (ver caixas abaixo, de 1988) já estava necessitando de uma nova restauração, pois eram
visíveis os pontos atacados por cupins, resíduos de pombos e danos
na pintura.
Segundo consta, a FCA previa em 2009 deixar de usar esta estação,
transferindo o controle da área para Sete
Lagoas. "Caso
isto relamente aconteça temo para vida da estação, à mercê dos
rapinantes de plantão, já que não dá para confiar muito nestas
prefeituras do interior" (Gutierrez L. Coelho, 5/4/2009).
E ainda existia uma placa de quilometragem que é dos tempos da Central.
Depois, a estação de Prudente de Morais foi restaurada e pintada
nas cores da FCA, em 2010. O serviço foi executado com muita perfeição.
Ao contrário das demais estações que foram pintadas dessa forma, esta
recebeu pintura com tinta a óleo e nota-se
que foi obra de um profissional caprichoso. Todo o madeiramento foi
pintado também, além de um monumento antigo da RFFSA existente no
pátio e do tradicional bebedouro da EFCB. O telhado foi vedado para
não permitir que os pombos continuasse a fazer seus ninhos no sótão
e emporcalhassem o madeiramento e a plataforma. As indicações de km
e altitude foram repintadas também, ao contrários das demais estações
em que tais inscrições foram cobertas pela tinta branca.
1939
AO LADO: Choque de
trens próximo à estação em 1939
(O Estado de S. Paulo, 22/6/1939).
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1960
AO LADO: Folha de
S. Paulo, anos 1960. |
ACIMA: Motivos para a restauração da estação
de Prudente de Morais em 1988 - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO MAIOR (RFFSA).
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2009
AO ALTO:
Placa de quilometragem da Central original em frente à
estação. AO LADO: Chafariz da estação
(Fotos Gutierrez L. Coelho, 4/5/2009).
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(Fontes: Pedro Paulo Rezende; José Emilio
Buzelin; Jonathan Sobral; Gutierrez L. Coelho; O Estado de Minas,
2002; O Estado de S. Paulo, 1939; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras
de Comunicação, 1928; RFFSA: Conheça a sua ferrovia
- Treinamento, DECOM-BH, março de 1985; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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A estação em 1988, quando foi reformada (Foto RFFSA) |
A estação em 09/1989. Foto José Emilio
Buzelin |
A estação em 2002. Foto do jornal O Estado
de Minas. |
A estação em 2006. Foto Jonathan Sobral |
A estação em 5/4/2009. Foto Gutierrez L. Coelho |
A estação com as cores da FCA em 26/11/2010. Foto
Pedro Paulo Rezende |
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Atualização:
29.08.2022
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