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E. F. Central do
Brasil (1910-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996-2007) |
velha
nova
NOVA GRANJA
Município de São José
da Lapa, MG |
Linha do Centro - km 632,440 (1928) |
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MG-0439 |
Altitude: 690 m |
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Inauguração: 01.05.1910 |
Uso atual: demolida (prédio original)
fechado (prédio atual) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1991 |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Nova Granja foi inaugurada em 1910. É realmente uma
região onde existem muitas granjas. Em 28/10/1991, foi entregue
um novo prédio para a estação, muito próximo
dali, questão de metros. Por ali passa atualmente linha de
bitola mista (métrica e larga, 1,60m). Em 1985, a RFFSA informava
no boletim "Conheça a sua ferrovia" que nesta
estação se executava o carregamento de calcário,
cal e quartzo para os seguinte clientes: Cia. Sirúrgica Tubarão
e AÇOMINAS. O prédio original foi demolido recentemente.
"Foi demolida à toa. A plataforma foi destruída em
2001 para a passagem de cabos de fibra ótica. A nova estação situa-se
do outro lado da linha, quase de frente para onde ficava a antiga"
(Pedro Paulo Resende, 10/2003). A estação foi
fechada em
ACIMA: Ordem de demolição para a estação
original de Nova Granja, em 1991. Um crime, em termos arquitetônicos
e da memória nacional (Cedido por Pedro Paulo Rezende). ABAIXO:
Fotografia aérea de 12/2010, mostrando toda a região
de Nova Granja (CLIQUE SOBRE ELA PARA VER EM TAMANHO MAIOR). O rio
que aparece é o Ribeirão da Mata (Foto Pedro Paulo Rezende).
2007, e a movimentação dos trens passou
para a estação de Vespasiano. "Em Nova
Granja fechou-se apenas a estação. Era o mais certo. Lá não havia
apoio para o pessoal. Era longe de tudo. A maioria do pessoal mora
em Vespasiano. Para assumir e deixar o serviço era preciso condução
da ferrovia. Mas o que fez a FCA reabrir Vespasiano foi mesmo o movimento
aqui na cidade. A fábrica da Soicom recebe dois trens de escória da
MRS por dia, mais um de carvão e outro de escoria da FCA. Tem os tanques
de LAB da BONI GATX, etc. Nova Granja só tem calcário proveniente
dos carregamentos da Itaú e Ical. Agora ficou melhor para o pessoal,
porque antes eles estavam sediados lá e passavam o dia todo aqui,
manobrando. Agora só vão a Nova Granja quando é preciso levar e buscar
vagões na Itaú. Na Ical eles manobram com pá carregadeira. Na formação
do trem ao final do dia, usa-se a locomotiva do próprio trem, ou seja,
uma Dash ou DDM. Mas o manobrador daqui vai lá ajudar. A estação de
Vespasiano dispõe de alojamento grande, já que é sede da via permanente.
Com a inauguração da trincheira, o pátio ficou cercado. É mais seguro.
Em Nova Granja é tudo aberto e o pessoal ficava meio com medo. Ano
passado mataram um rapaz defronte da estação, na madrugada"
(Pedro Paulo Resende, 2007).
(Fontes: Pedro Paulo Resende; José Emílio
Buzelin; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação,
1928; RFFSA: Conheça a sua ferrovia - Treinamento, DECOM-BH,
março de 1985; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação antiga, em 09/1989. Na época,
o prédio tinha sido recentemente reformado e a estação
estava operante. Foi demolida em 1991. Foto José Emilio
Buzelin |
A estação demolida, em foto sem data. Autor desconhecido |
A estação demolida, em foto sem data. Autor desconhecido |
Telegrama sobre a mudança para a nova estação,
em 1991. Cedido por Pedro Paulo Rezende |
A estação nova de Nova Granja, em 14/05/2004.
Foto Pedro Paulo Rezende |
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Atualização:
04.08.2013
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