|
|
E. F. Central do
Brasil (1905-1975)
RFFSA (1975-1996) |
MASCARENHAS
Município de Curvelo, MG |
Linha do Centro - km 769,741 (1928) |
|
MG-0445 |
Altitude: 735 m |
|
Inauguração: 11.03.1905 |
Uso atual: abandonada (2018) |
|
com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
|
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
|
A ESTAÇÃO: A estação
de Mascarenhas foi inaugurada em 1905 e foi ponta de linha
por cinco meses, até ser aberta a estação seguinte,
Gustavo da Silveira. O nome original da estação
era Riacho Fundo, e depois mudou de nome (Mascarenhas)
para homenagear uma família da região, de industriais
que fundaram as primeiras fábricas de tecidos do Estado.
A
30 km da estação, em 1928, existia uma dessas fábricas.
O prédio da estação de
Mascarenhas fica dentro de uma fazenda cercada de mangueiras e por isto
resiste ao tempo.
O pessoal da FCA guardava materiais dentro dela em 2008: "A
estação - o pessoal de lá insiste em pronunciar 'Mascaranhas'
- ainda está de pé seguramente pelo fato de que o pessoal da FCA a utiliza. Entretanto,
são visíveis os sinais de abandono e mutilação: a porta de entrada,
que devia ser linda, de madeira sólida, já foi surrupiada (emparedaram
o buraco). A casa do agente está abandonada, mais um caso em que a
construção supera todas ao redor, tanto em qualidade, quanto em beleza
arquitetônica e materiais empregados. Outro povoadozinho típico da
região, nada que o torne diferente ou mais atraente que os demais
que visitamos" (Gutierrez L. Coelho, 06/2008).
Em 2017, o prédio estava abandonado, mas em estado razoável.
ACIMA: O auto de linha e a bela estação,
semi-abandonada servindo como depósito de materiais da FCA
(Foto Pedro Paulo Rezende, junho de 2008).
(Fontes: Pedro Paulo Resende, 2018; Gutierrez L. Coelho, 2008; Décio Marques, 2003; Max Vasconcellos: Vias
Brasileiras de Comunicação, 1928; Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-80) |
|
|
|
A estação em 12/2003. Foto Décio Marques |
A estação em junho de 2008. Foto Gutierrez L.
Coelho |
A estação em 24/3/2018. Foto Pedro Rezende |
A estação em 24/3/2018. Foto Pedro Rezende |
|
|
|
|
|
|
Atualização:
05.11.2022
|
|