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E. F. Central do
Brasil (1898-1975)
RFFSA (1975-1996) |
EUGÊNIO
DE MELLO
Município de São José
dos Campos, SP |
Ramal de São Paulo - km
376,064 |
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SP-0343 |
Altitude: 562 m |
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Inauguração: 22.03.1898 |
Uso atual: em bom estado (2021) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1925 |
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HISTORICO DA LINHA: Em
1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do
Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo
da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em
12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica,
encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro
e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal,
que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo
Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga
(1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias
se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram,
e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"...
O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi
uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba.
Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar
E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida
E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as
2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté)
e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA.
O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos
anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte,
foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998,
o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado,
com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a
concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde
1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e
no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Eugenio de Mello foi inaugurada em 1898. O nome era
uma homenagem a Eugenio Adriano Pereira de Cunha e Mello, diretor
da Central de 1889 a 1891.
A original era de madeira - a foto abaixo de 1920 prova isso -, porque
de acordo com o relatório da Central de 1925, nesse ano "a estação
foi reconstruída em alvenaria", mesmo estando fora do trecho que
foi retificado em São José dos Campos.
Fica ao lado da estrada velha Rio-São Paulo, no bairro-distrito
chamado de rua Sete de Setembro, em volta da qual se formou o bairro.
Até os anos 1990 o seu terminal de containeres era ainda utilizado
pela fábrica da General Motors, próxima à estação.
A estação foi tombada pelo município em 1996.
Até 2007, a estação estava ocupada pela empresa
Transmodal, que reformou com materiais novos o interior da estação,
trocando piso, azulejos, pias, vasos etc. Depois da saída da
empresa, a estação foi abandonada, tendo sido depredada:
portas e janelas arrancadas, pichações, invasões,
incêndios, quebra de pias, vasos, arrancamento de pisos e azulejos.
Lá entrava e saía quem quiser.
O prédio da estação, por sua vez, continuava
abandonado em abril de 2012. Três anos antes, a Prefeitura conseguira
a guarda provisória das estações cedidas pelo
SPU.
Em 2017 a estação foi finalmente restaurada.
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1900
AO LADO: O agente da estação de Eugenio de Melo esteve em Taubaté - para o que, não sabemos (O Estado de S. Paulo,
17/07/1900). |
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1917
AO LADO: Suspeito de sequestro é detido na estação e levado para a delegacia (O Estado de S. Paulo,
17/07/1900). |
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1926
AO LADO: Descarrilamento na estação
(O Estado de S. Paulo,
13/4/1926).
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1931
AO LADO: Descarrilamento próximo
à estação (O
Estado de S. Paulo, 30/1/1931).
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1942
AO LADO: Outro descarrilamento próximo
à estação (O
Estado de S. Paulo, 14/7/1942). |
ACIMA: Pátio da estação
em 30/11/1986. O guindaste móvel à direita ainda
existia em 2009, mas, como a estação, estava abandonado.
Os desvios da direita foram cercados e os trens somente entravam,
até 2006, para carregamento e descarregamento de containers.
Hoje esses desvios estão cobertos de mato (Foto Kelso Medici).
ACIMA: Mapa do distrito de Eugênio
de Mello. Em vermelho, no canto direito inferior, a via Dutra. No
alto, a linha tracejada é a linha da ex-Central do Brasil.
A estação, não assinalada, está no final
da rua maior que liga o viaduto à rua Sete de Setembro, que
é também o leito da Estrada Velha Rio-São Paulo
(Guia Vale, 2011).
ACIMA: Estação abandonada,
vista da estrada velha Rio-São Paulo, em 28/3/2012 (Foto
Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: Croquis
da estação - CLIQUE PARA VER MAIS DETALHES (Prefeitura
do Municipio de São José dos Campos).
ACIMA: A estação em 4/9/2021 (Foto Rafael Trindade).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2000 e 2009; Eliezer Magliano;
Wanderley Duck; Kelso Medici; William Martins, 2004; E. F. Central do Brasil:
Relatório anual, 1925; Prefeitura do Municipio
de São José dos Campos; Max Vasconcellos: Vias
Brasileiras de Comunicação, 1928; Guia Geral das Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - R. M. Giesbrecht) |
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A primitiva estação de madeira, ao redor de 1920.
Acervo Eliezer Magliano |
A estação, anos 1940. Acervo Wanderley Duck |
Em 20/01/2000, a estação de Eugênio de Mello.
Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 2004. Foto William Martins |
A estação depredada em 31/3/2009. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
A estação pichada em 31/3/2009. Foto Ralph M.
Giesbrecht |
A estação. Foto: Rafael Henrique em 2/2/2019
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Atualização:
16.08.2023
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