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E. F. Bahia ao São
Francisco (1910-1911)
Cia. Chemins de Fer Federaux du L'Est Brésilien (1911-1935)
V. F. F. Leste Brasileiro (1935-1975)
RFFSA (1975-1996) |
TIMBÓ
Município de Esplanada, BA |
Linha Norte - km 209,609 (1960) |
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BA-3301 |
Altitude: 160 m |
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Inauguração: 14.03.1910 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: Inicialmente
chamado de ramal de Timbó, a linha que ligaria a estação
de São Francisco, em Alagoinhas, a Sergipe foi aberta em 1887
até a localidade de Timbó, atual Esplanada. Dali para
a frente foi sendo prolongada aos poucos a partir de 1908, atingindo
Aracaju em 1913, Cedron em 1915 e Propriá somente em 1956,
às margens do rio São Francisco. Para se ligar com a
linha vinda do Recife naquele ponto, então, somente nos anos
1970, quando a ponte sobre o rio foi construída permitindo
a interligação ferroviária direta com o Nordeste. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Timbó, uma das mais faladas na história da
E. F. Bahia ao São Francisco, foi inaugurada no ano de 1910,
quando o então "ramal do Timbó", que
partia da estação de São Francisco, em
Alagoinhas, rumo a Sergipe, atingiu o seu objetivo, exatamente
o "povoado do Timbó".
A estação
inaugurada em 1887, a 3,5 km antes e aparentemente com o nome de Timbó,
era a atual Esplanada. O nome Esplanada não existiria
na época.
Em 1910 mudou-se o nome de Timbó para
a estação recém-aberta, e a que tinha esse nome
virou Esplanada (ou talvez algum outro nome antes de se tornar
definitivamente Esplanada).
O ramal, de bitola métrica,
obrigava à baldeação em São Francisco:
até lá, a linha que vinha de Salvador era bitola
larga (1,60m).
O Timbó era região de fanatismo
religioso, onde já prevalecia a influência de Antonio
Conselheiro, que seria derrotado e morto pelas tropas federais
em Canudos dez anos depois da chegada da ferrovia ali.
"Para
José Calasans, ele "transmitiu aos escravos os ensinamentos dos Evangelhos.
Não estando formulando uma hipótese", prossegue: Baseamos nossa assertiva
num depoimento contemporâneo, perdido nas folhas de uma gazeta baiana
de 1897, no auge da luta fratricida. Um italiano, que trabalhava (ou
que havia trabalhado, pois a ferrovia já estava pronta até
Timbó desde 1887 e o prolongamento para Sergipe ainda não
estava sendo feito (nota do autor deste site) na construção da
estrada de ferro Salvador-Timbó, narrou, nesses termos, seu encontro
com o peregrino: 'Veja como este povo', disse-lhe o Conselheiro apontando
a gente que aguardava a sua pregação, 'na sua totalidade escrava vive
pobre e miserável. Veja como ele vem de quatro e mais léguas para
ouvir a palavra de Deus. Sem alimentar-se, sem saber como se alimentará
amanhã, ele nunca deixa de atrair pressuroso às palavras religiosas,
que, indigno servo de Deus e por ele amaldiçoado, iniciei neste local
para a redenção dos meus pecados'. No lugarejo mencionado, que outro não era senão
Saco, entre Timbó e Vila do Conde, na então província da Bahia, durante
o dia quase não havia viva alma. Mais de duas mil pessoas, porém,
surgiram de noite, ansiosas para ouvirem os conselhos do Bom Jesus.
'Ao anoitecer', prosseguiu o empreiteiro, "começavam a chegar e às
8 horas a praça estava cheia, tendo mais de mil pessoas, todas escravas,
e após o sermão, que em seguida um explicava ao outro, visto que somente
os vizinhos podiam ouví-lo, todos cantavam as seguintes estrofes:
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, ao que as mulheres e meninos
respondiam para sempre seja louvado o santo nome de Maria, e isto
até a meia noite, algumas vezes. De manhã não havia pessoa alguma
no arraial" (www.oolhodahistoria.ufba.br /03moura.html).
Em 1911,
toda a bitola baiana foi padronizada na métrica e a necessidade
de baldeação de trens em São Francisco foi eliminada. A verdade é que, apesar de. pelo menos na história
ferroviária baiana, o nome Timbó aparece constantemente,
mas a cidade não progrediu muito, mantendo-se como um bairro
afastado do município de Esplanada. "Da estação
de Timbó nada restou, apenas alguns restos de tijolos, e poucos"
(Sydney Corrêa, 11/2010).
ACIMA: A linha passa pela localidade de Timbó
em 2010 (Foto Sydney Corrêa).
(Fontes: Sydney Corrêa; www.oolhodahistoria.ufba.br/03moura.html;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação estaria à direita, onde está
aquele monte de entulho. Foto Sydney Corrêa em 2010 |
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Atualização:
27.04.2021
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